O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas (PT-RS), disse nesta quinta-feira, 6, que o montante de crédito do Plano Safra da Agricultura Familiar 2012/2013 terá um crescimento de 16,7% em relação à safra passada e atingirá R$ 21 bilhões. Vargas lembra que o valor é 290% superior aos R$ 5,4 bilhões destinados ao financiamento da agricultura familiar há dez anos, quando foi lançado o primeiro plano, no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas o percentual é menor que os 18% para o Plano Agrícola e Pecuário.
O ministro lembrou que as taxas de juros da agricultura familiar se mantêm negativas, abaixo da inflação. As taxas para investimento variam de 0,5% a 2% ao ano e, no caso do custeio, de 1,5% a 3,5% ao ano. Ele observa que até o ano passado o limite do custeio era de 4%. "O agricultor pode comprar um trator ou qualquer equipamento e pagar juros de 2% ao ano, com 10 anos para quitar o financiamento", diz Vargas, citando que nos últimos quatro anos o Programa Mais Alimentos financiou a compra de 10 a 12 mil tratores por ano.
No lançamento do Plano, o ministro Pepe Vargas anunciou o aumento no limite para enquadramento dos agricultores no programa, que passa para R$ 360 mil. No caso do custeio, o limite de financiamento subiu de 80 mil para R$ 100 mil, com taxa de juros de 3,5% ao ano. No caso do crédito de investimento, o limite de operação passou de R$ 130 mil para R$ 150 mil, sendo que no caso das operações da avicultura, suinocultura e cultivo protegido (estufas) o teto dos financiamentos será de R$ 300 mil por agricultor.
No caso da associação de produtores para compra de equipamentos o limite passa de R$ 500 mil para R$ 750 mil. Outro destaque é o financiamento para as agroindústrias das cooperativas, cujo limite no ano passado havia crescido de R$ 10 milhões para R$ 30 milhões e agora passa para R$ 35 milhões.
Plano para o semiárido
Dilma afirmou que um dos pontos mais importantes do Plano Safra da Agricultura Familiar será o lançamento, no final deste mês, do Plano Safra Semiárido. "O mais importante além da Agência de Assistência Técnica e Extensão Rural [Anater]", disse. Ela explicou que o governo está desenvolvendo um conjunto de ações na região, como carro-pipa, construção de cisterna, bolsa estiagem e bolsa garantia, além de R$ 32 milhões para garantia de água (segurança hídrica). Dilma afirmou que pretende fazer pelo semiárido "o que não foi feito". "Vamos fazer de forma mais acelerada, pois só a garantia hídrica não dá conta. A seca é um fenômeno recorrente. Vamos ter uma atitude que é a mesma da gente que convive com inverno rigoroso", afirmou.
Veículo: DCI