Classe média será responsável por mais da metade do valor que deve ser desembolsado
O aumento do ingresso de mulheres no mercado de trabalho tem impulsionado diversos segmentos, entre eles o de beleza, aponta pesquisa do Instituto Data Popular. Enquanto a expansão da população feminina de 1992 para 2012 foi de 35%, o volume de mulheres com carteira assinada atingiu a marca positiva de 157%.
Já os gastos com cosméticos, produtos de higiene pessoal e serviços de beleza (cabeleireiros, manicures e esteticistas) passaram de R$ 26,5 bilhões há dez anos, para R$ 59,3 bilhões este ano, um crescimento de 124%.
A classe média deve ser responsável por quase metade dos gastos previstos para 2013. Os mais ricos responderão por 34,2% e o consumo desses itens pela classe baixa corresponderá a 18,4%.
A forte presença feminina em funções de atendimento ao público pode ser apontada como uma das causas para a expansão do número de salões de beleza pelo país, segundo Renato Meirelles, sócio e diretor do Instituto Data Popular.
De acordo com a pesquisa, realizada no primeiro trimestre do ano com 1,3 mil mulheres de 44 cidades,78% das mulheres da classe alta foram ao salão de beleza nos últimos 30 dias, além de 56% da população feminina da classe média e 43% da classe baixa.
Apesar de oito em cada dez mulheres da classe alta ter ido ao salão de beleza, esse público representa menos de dois quintos do total. O destaque é mais uma vez a classe média, que representa 53% do total de frequentadoras.
“Embora não sejam as únicas responsáveis pelos gastos com produtos e serviços de beleza, as mulheres determinam grande parte do destino do dinheiro nesta categoria.Até o final do ano, os brasileiros devem gastar R$ 59,3 bilhões com este segmento.Um mercado nada desprezível para a indústria”, explica Meirelles.
Veículo: Brasil Econômico