Cenário de oferta e demanda para café sinaliza aperto

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A primeira estimativa da safra 2009/10 de café, divulgada na quinta-feira pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), mostra que o país deverá ter uma produção média de 37,848 milhões de sacas de 60 quilos. Na comparação com o ciclo anterior, a queda é de 17,7%. No entanto, em relação à temporada 2007/08, também marcada por produtividade baixa como a atual, haverá um crescimento de 4,9%. 

 

A atual safra do grão será de baixa produtividade, comum à cultura cafeeira a cada dois anos. Mesmo assim, está acima da média observada para os períodos de baixos ciclos dos últimos anos, uma vez que foi beneficiada pelo regime de chuvas durante o período de floração do café nas principais regiões produtoras do país. 

 

Se confirmadas as estimativas da Conab, o cenário de oferta e demanda nacional se tornará mais apertado este ano. O consumo no mercado interno deverá ficar em cerca de 17,5 milhões de sacas e as exportações em torno de 30 milhões de sacas. Os estoques nas mãos do setor privado giram em torno de 3,3 milhões de sacas. Já o governo garante que seus estoques oficiais estão praticamente zerados. 

 

Segundo o levantamento da Conab, a maior redução na produção se dará no café arábica, que deverá ficar entre 26,8 milhões e 28,3 milhões de sacas. A oferta de café robusta entre 10 milhões e 10,5 milhões de sacas. Minas Gerais, maior Estado produtor do país, deverá colher 23,581 milhões de sacas. O vice-líder Espírito Santo terá uma produção de 10,230 milhões de sacas. 

 

A área plantada no Brasil está estimada em 2,35 milhões de hectares para a safra 2009/10, um ligeiro recuo de 0,5% sobre o ciclo anterior. Desse total, 9,7% da área, ou 228,2 mil hectares, estão em formação e 90,3% (2,122 milhões de hectares), em produção. 

 

Analistas de mercado, contudo, acreditam que os volumes de produção do país podem superar os 40 milhões de sacas. "Muitos também acreditam que os volumes de café nas mãos do setor privado sejam maiores do que o anunciado", afirmou uma fonte. 

 

No mercado internacional, a estimativa também é de um cenário apertado, com uma produção ajustada à demanda. Na quinta-feira, os contratos de café para março fecharam a US$ 1,1555 a libra-peso, em Nova York, recuo de 80 pontos. 

 

Veículo: Valor Econômico


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