Fila troca matéria-prima, reduz preço e venda sobe

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Muita empresa, se pudesse, gostaria de esquecer do segundo semestre de 2008. Mas a metade final do ano passado, que ficou marcada pela crise financeira internacional, foi, para a Fila, o melhor período dos últimos tempos. A fabricante de artigos esportivos (corrida e tênis) conseguiu, de julho a dezembro, um crescimento de 16% nas vendas em valor contra os 2% obtidos entre janeiro e junho. "Na média do ano, vendemos 20% mais tênis em números de pares e conseguimos fechar o ano com vendas R$ 15 milhões maiores que em 2007", diz Milton de Souza, diretor comercial da marca. 

 

A empresa fechou o ano com um faturamento de R$ 160 milhões e pretende crescer mais 20% em 2009, graças a uma reformulação em seus produtos, iniciada no meio de 2008. "Estamos fabricando os mesmos modelos, com o mesmo desenho da linha de 2007. Mas agora usamos materiais mais baratos que resultaram em queda média de preços ao consumidor de 10%", diz o executivo. Com isso, o produto que era consumido apenas pelo público A e B, agora também é acessível à classe C. Enquanto um par de tênis das marcas mais conhecidas custam em média de R$ 200 a R$ 300, os modelos Fila saem por R$ 160. Com essa estratégia, a produção da marca italiana no Brasil em 2008 pulou de 1,7 milhão para 2,2 milhões de pares. 

 

A nova linha da grife esportiva, que será apresentada a partir de hoje na 36º edição da Couromoda (Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro que acontece até o dia 15 no Parque Anhembi, em São Paulo ), seguirá os mesmos princípios adotados no ano passado. "Para o setor de calçados esportivos, essa é a feira mais importante do setor. Esperamos fechar 40% dos negócios de 2009 todo nesse evento", afirma Souza. 

 

Os produtos Fila no Brasil e em toda América latina são fabricados pelo grupo Dass, que tem a "licença perpétua" (não pode ser descredenciada) da grife italiana, criada em 1911 na cidade de Biella, próxima a Milão, presente atualmente em 54 países. 

 

Na Dass, que têm 11 fábricas no país (com 10 mil funcionários), as vendas da Fila representam 40% do faturamento. O grupo também é dono da licença de produção e comercialização dos artigos esportivos das marcas Umbro e Kappa, além da marca própria Try On. Terceiriza também a manufatura de calçados de marcas como Nike, Adidas e Oakley. De toda linha Fila, 95% dos artigos são fabricados em território nacional. 

 

Veículo: Valor Econômico


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