Cesta básica sobe 1,97% no Recife e chega a R$ 296,67 em junho

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Comprar os itens básicos de sobrevivência aficou mais caro para os recifenses do mês de junho. No período, de acordo com os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgados nesta quinta-feira (4), o valor da cesta na capital pernambucana subiu 1,97% e atingiu R$ 296,67, o equivalente a 47,56% do salário mínimo. No acumulado do ano, o aumento já é de 19,17%. Além do Recife, outras sete capitais tiveram aumento, com destaque para Aracaju (3,05%) e Brasília (2,87%). Em dez das 18 capitais pesquisadas ocorreram quedas no preço, sendo as maiores registradas  no Rio de Janeiro (-3,55%), Vitória (-3,14%), Manaus (-2,07%) e Belo Horizonte (-2,0%).

Segundo as estatísticas, o leite in natura continua sendo o destaque de aumento de preços: ficou mais caro em 13 capitais em junho. No Recife, a elevação foi 6,76%, a maior delas, e em Porto Alegre o produto subiu 4,81%, assim como no Rio de Janeiro (4,41%). As quedas foram apuradas em Campo Grande (-5,05%), Brasília (-3,21%), Manaus (-1,76%) e Aracaju (-0,58%). Em Salvador, houve estabilidade.

O Dieese destaca que, se for considerada a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser capaz de suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o salário mínimo deveria ser R$ 2.860,21, ou seja, 4,22 vezes o valor em vigor, R$ 678.

São Paulo continuou sendo a capital onde se apurou o maior valor para o conjunto de produtos da cesta (R$ 340,46). Em seguida, estão Porto Alegre (R$ 329,16), Manaus (R$ 316,29) e Vitória (R$ 315,63). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 248,07), Salvador (R$ 260,20) e Campo Grande (R$ 275,91).

O preço da carne bovina, produto de maior peso na composição do valor da cesta básica, apresentou predominância de queda em 11 capitais, em junho. As maiores retrações ocorreram em Vitória (-2,91%), Natal (-2,71%) e Florianópolis (-2,61%). Os aumentos ocorreram em sete localidades, com destaque para Salvador (6,03%), Fortaleza (5,31%) e Manaus (1,72%). No acumulado do ano (de janeiro a junho), o preço da carne teve queda em 12 capitais.

O preço do arroz caiu em nove das 18 capitais pesquisadas em junho. As reduções mais significativas foram verificadas em Aracaju (-7,40%), Salvador (-3,34%) e Natal (-3,19%). Em Porto Alegre, os preços não variaram. Elevações foram apuradas em oito capitais, com destaque para Belo Horizonte (5,94%), o Rio de Janeiro (4,08%) e Vitória (2,43%). Segundo o Dieese, o comportamento de moderação na alta dos preços do produto reflete a colheita e os aumentos nas estimativas da safra. No semestre que terminou em junho, houve queda de preço em 15 localidades.

O feijão ficou mais caro em 11 capitais. As maiores elevações em junho ocorreram em Florianópolis (10,59%), Vitória (6,05%) e no Rio de Janeiro (6,04%). Recuos foram apurados em sete capitais, os mais significativos em Salvador (-4,97%), Belo Horizonte (-4,24%) e João Pessoa (-1,73%). O preço do pão francês também subiu em 11 capitais em junho. As maiores altas ocorreram em Salvador (3,78%), Natal (3,55%) e Aracaju (3,13%). As retrações foram apuradas em sete cidades: Goiânia (-3,39%), Recife (-2,00%), e Fortaleza (-0,29%).

No acumulado do ano, as 18 capitais pesquisadas apresentaram alta nos preços da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Aracaju (21,57%), João Pessoa (20,02%) e no Recife (19,17%). Os menores aumentos foram verificados em Florianópolis (6%), Belo Horizonte (6,05%) e Vitória (8,50%).



Veículo: Diário de Pernambuco


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