O fortalecimento da soja na Metade Sul do Estado trouxe uma nova necessidade para a região: conhecimento. Produtores acostumados até então às lidas da pecuária e do arroz passaram a produzir soja, principalmente, além de milho e outros grãos.
Com as culturas recentes, veio a descoberta de diferentes sementes, defensivos, maquinários e técnicas. Foi essa carência que levou 12 moradores da região, entre agricultores e profissionais ligados ao agronegócio, a criarem a Associação de Produtores de Plantio Direto da Metade Sul (Aplandisul), que no próximo dia 9 realiza seu primeiro evento de porte, em Manoel Viana.
– O que os produtores precisam, agora, não está a venda. É necessário mais conhecimento para que os insumos e tecnologias sejam eficientes – diz Gerson Herter, presidente da Aplandisul.
Engenheiro agrônomo supervisor de pesquisas agropecuárias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Claudio Santanna avalia que o expressivo avanço de novas culturas na região deve ser acompanhado desse tipo de alternativas de qualificação.
– Há uma grande mudança na Metade Sul, com áreas de várzea e de pecuária abrindo espaço para novas culturas no período de descanso – explica Santanna, citando como exemplo dessa mudança municípios como Dom Pedrito, onde a área cultivada com soja mais do que triplicou entre 2011 e 2013.
EM BUSCA DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
- Os valores para assistir as palestras são de R$ 50 (profissionais) e de R$ 15 (estudantes). Os assuntos vão desde rotação de culturas em terras baixas, tecnologia, gestão da água, produtividade, plantio direto e desafios da agricultura sustentável.
Veículo: Zero Hora - RS