O aumento do preço do leite tem encarecido o custo do café da manhã das famílias. O valor médio do litro da bebida entre os supermercados da região saltou de R$ 1,95 para R$ 2,51 de fevereiro até está semana – diferença de 28,71%. Em janeiro, o preço pago pela caixinha era de R$ 2,02, somando alta de 24,25% até o momento. Nas prateleiras, a bebida chega a variar entre R$ 2,39 e R$ 2,69. O levantamento foi feito pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).
Esse preço recorde, segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), ligado à USP (Universidade de São Paulo, é reflexo da baixa oferta de leite no campo, que acirrou a disputa pela matéria-prima entre as indústrias de laticínios. Além disso, as chuvas que eram esperadas para abril e maio chegaram somente no fim de maio, o que atrasou a semeadura das pastagens de inverno, apontam os agentes do setor consultados pelo Cepea.
O engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá de Benedetto, acrescenta que no inverno o custo da produção do leite é maior. “Nesse período os pastos ficam mais secos e os produtores gastam mais com rações para alimentar o gado. Esse valor adicional é repassado, automaticamente, para o consumidor.”
O especialista destaca ainda uma curiosidade: o leite tipo UHT longa vida, em embalagem plástica, está cada vez mais raro nas prateleiras, mesmo sendo relativamente mais barato que o vendido na embalagem tetra pak.
INVERSO
Enquanto o leite encarece, o preço do quilo do tomate tem caído significativamente desde abril. Há dois meses, o fruto alcançava seu maior patamar. No Grande ABC, a dona de casa chegou a pagar R$ 15 no quilo (o valor médio ficou em R$ 8,34). Atualmente, o item é comercializado a R$ 3,92 – menor preço desde janeiro.
Veículo: Diário do Grande ABC