Comerciantes afetados por protestos recebem apoio

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A Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) recebeu na última sexta-feira na sede da entidade no centro, os comerciantes que tiveram seus comércios saqueados e depredados nas ações de vandalismo promovidas por algumas pessoas que se aproveitaram ao final da manifestação pacífica que reuniu cerca de 30 mil pessoas cobrando qualidade do transporte público, passe livre para estudantes e a redução nos valores das passagens em Campinas. A manifestação ocorreu no dia 20 de junho e ao final algumas pessoas agiram depredando o paço municipal, lojas próximas à prefeitura e fazendo saques.

O encontro teve por objetivo verificar de que maneira a Acic poderá auxiliá-los. Foram convidados para a reunião também representantes do Banco do Povo Paulista e do departamento jurídico da Acic. A presidente da Acic, Adriana Flosi, fez questão de destacar que a entidade apoia todas as manifestações que são legítimas e pacíficas, mas que abomina a ação de bandidos que depredaram e saquearam estabelecimentos comerciais, bem como o patrimônio público. "Na verdade nós estamos como entidade nos solidarizando com quem teve o seu negócio ou de alguma forma teve prejuízo com o quebra-quebra e levando em conta também quem teve a sua mercadoria saqueada", disse.

Adriana Flosi disse que o corpo jurídico da entidade orientou os comerciantes prejudicados e representantes do Banco do Povo pretendem de alguma forma agilizar os empréstimos que sejam solicitados entre 15 e 30 dias para minimizar o prejuízo dos comerciantes que ainda continuam sem trabalhar devido aos prejuízos ocasionados por portas quebradas, mercadorias e estoques roubados e vidros quebrados. "Nós havíamos tido uma conversa anterior com representantes do Banco do Povo explicando a situação deles. O Banco do Povo trabalha com microcrédito, principalmente com o microempreendedor individual, mas estaria atendendo também os microempresários com linhas de crédito que vão desde R$ 200,00 até R$ 15 mil", disse.

Segundo a presidente da Acic, Adriana Flosi, num primeiro empréstimo são levados em consideração os critérios nos quais empresas abertas com menos de seis meses podem tomar no máximo R$ 5 mil e a empresa que está aberta há mais de seis meses no máximo R$ 7,5 mil. "Levando em conta isso estaria se emprestando para esses comerciantes a faixa de R$ 7,5 mil que é uma maneira de estar ajudando para alavancar o negócio dessas pessoas porque independentemente do que se possa apresentar como nota fiscal do prejuízo de um vidro quebrado e do computador roubado também têm-se os dias que se deixou de trabalhar, com a perda do faturamento que não se tem como comprovar", completou.

Para ela a entidade está se disponibilizando como um facilitador para que esses comerciantes consigam esse empréstimo. Em função disso a entidade vai fazer a juntada de documentos, encaminhamento desses documentos, ajuda na análise dessa documentação para agilizar que esse crédito seja viabilizado o quanto antes.

Cerca de 30 comerciantes tiveram prejuízos com o vandalismo na região central da cidade.

Segundo levantamento feito pela Acic, os recentes protestos reduziram a venda de 10% a 12% no comércio do Centro de Campinas.

Nas contas da Acic, o comércio, em geral, deixou de faturar aproximadamente R$ 2,5 milhões por dia na cidade. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a redução nos caixas das lojas foi de 35%.

A queda nas vendas é reflexo do menor movimento nas ruas. Normalmente, circulam pelo centro expandido 150 mil pessoas por dia. Desde o início dos protestos, a redução foi de 20%. Diariamente, são 30 mil pessoas a menos nessa região.



Veículo: DCI






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