Município busca marca regional

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Com apoio da Faemg, iniciativa objetiva agregar valor à produção local, ampliando lucros.

Os produtores de São Gotardo, no Alto Paranaíba, estão se organizando para criar uma marca regional que irá identificar e diferenciar os produtos do município no mercado. A ideia é agregar valor à produção e ampliar os lucros. Programas parecidos já são desenvolvidos no Estado e apresentam resultados positivos, como o Projeto Jaíba. A expectativa é que a identidade visual dos produtos esteja pronta até o final do ano.

De acordo com o coordenador da Assistência Técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e superintendente do Instituto Antônio Ernesto de Salvo (Inaes), Pierre Santos Vilela, o projeto ainda é embrionário e deve ser desenvolvido ao longo deste ano.

"Tivemos a primeira reunião e as expectativas são positivas. A ideia dos produtores de São Gotardo é criar uma marca regional, para identificar a produção. A princípio, os trabalhos devem ser mais concentrados na produção de cenoura, já que a cidade é considerada a capital deste produto", diz Vilela.

Segundo a Faemg, ao longo deste ano serão realizadas novas reuniões que irão avaliar as formas de desenvolvimento do projeto. A criação de uma marca território deverá contribuir para agregar valor aos produtos do campo produzidos na região, como já feito, com muito sucesso, na região do Jaíba, no Norte de Minas. Com o título da "capital nacional da cenoura", São Gotardo também se destaca na produção de outros hortifrútis, café e grãos.

Um dos principais desafios para os produtores do Alto Paranaíba é estabelecer os critérios de qualidade, já que a identificação regional deve ser restrita à apenas produtos de alta qualidade. Este é um dos principais requisitos para que a marca se firme no mercado e atraia a atenção do mercado consumidor.


Organização - De acordo com Vilela, o trabalho será extenso. "Os produtores precisam estar bem organizados para que o projeto se desenvolva. O trabalho será longo e exigirá muita edicação. Para que a marca regional dê certo é importante que a produção seja de alta qualidade e que ocorra boa divulgação junto ao setor atacadista, varejista e, por fim, consumidor final, para que eles identifiquem e reconheçam o produto dentre os demais disponíveis no mercado", avalia.

Várias entidades ligadas aos produtores estão envolvidas nesse projeto, como os sindicatos rurais da região e as cooperativas Agropecuária do Alto Paranaíba (Coopadap) e a de Agronegócios do Cerrado Brasileiro Ltda (Coopacer).

Além da cenoura, também devem receber a identificação regional produtos como o abacate, cebola e alho, que têm produção elevada. O café, que já tem a Identificação de Origem (IG) do Cerrado, não deverá ser incluído na marca regional.

"Estamos otimistas em relação à criação de uma identificação regional para São Gotardo. A iniciativa é importante para agregar valor à produção local, ampliar o mercado de atuação e favorecer o reconhecimento da qualidade da produção", ressalta.

Minas Gerais produziu cerca de 415 mil toneladas de cenouras na safra 2012, em área de 8,41 mil hectares. Somente o Alto Paranaíba é responsável por 86% do volume. Os principais município produtores são Rio Paranaíba, com 156 mil toneladas anuais, Ibiá com a produção de 62 mil toneladas e São Gotardo, com volume anual de 55 mil toneladas.

Muitos produtores residem em São Gotardo mas as fazendas produtoras estão em município vizinhos, por isso a produção da cidade não é a maior. Além disso, as cooperativa têm sede em São Gotardo mas registram a movimentação da produção dos municípios vizinhos.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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