Se avizinha um embate entre Brasil e Mercosul, e quem está puxando boa parte da discussão, em defesa do agronegócio brasileiro, é a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A partir de janeiro, produtos como óleo de soja, frutas e tratores, por exemplo, devem ter queda nas exportações para União Europeia. É que esses itens hoje entram no bloco pelo Sistema Geral de Preferência (SGP), com tarifas menores, benefício que será perdido. No caso do óleo de soja, a taxa subiria de 2,9% para 6,4%.
– O SGP foi criado para ajudar países em desenvolvimento e, com a expansão econômica, o Brasil deixou esse patamar, pelos critérios da UE – explica Igor Amazarray, assessor de relações internacionais da Farsul.
A saída seria acelerar o acordo de livre comércio entre Mercosul e UE, parado há quase 10 anos. Um dos entraves é resistência da Argentina a abrir seu mercado interno, condição para o avanço.
– Se Brasil não fizer acordos em separado, teremos problemas: perto de 50% das vendas do Estado entram na UE pelo sistema de preferência – acrescenta Amazarray.
Veículo: Zero Hora - RS