A pedido da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias e Pão & Bolo Industrializado (Abima), a Kantar World Panel analisou o comportamento do consumo de massas em mais de oito mil lares em todo o País. Uma das conclusões do estudo é que 62% do consumo de massa instantânea ou lámen é feito por famílias com crianças de até doze anos de idade. "O consumo de massa instantânea tem crescido exponencialmente nos últimos anos, e hoje está presente em mais de 90% das mesas brasileiras. Atribuímos este crescimento à praticidade, que agrada principalmente aos moradores independentes e, agora, como a Kantar nos mostra, as crianças. Além disso, esse tipo de massa, mais 'mole', atende também a terceira idade, por ter a mastigação facilitada", afirma Claudio Zanão, presidente da Abima.
O estudo mostrou também que o consumo da massa instantânea é maior na Região Sul e na grande Rio de Janeiro, e quem faz a maior parte das compras são donas de casa que trabalham fora. Este dado explica porque o comprador de massa instantânea é o chamado "apressado", caracterizado por buscar praticidade nas refeições em casa.
No que se refere à massa seca, também chamada de tradicional, a pesquisa apontou que 32% dos consumidores são donas de casa com mais de 50 anos. Além disso, as vendas deste tipo estão concentradas no norte e nordeste e 40% delas são feitas pelas classes D/E, principalmente pelos compradores "observadores", que priorizam a relação custo x benefício antes de fechar uma compra.
Já a massa fresca ou refrigerada é a preferida pelos lares sem crianças, que são responsáveis por metade do consumo, e estão presentes principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste. Destes consumidores, 36% pertencem às classes A e B. "O dado faz sentido se observarmos que a massa fresca tem mais valor agregado, por já vir com recheio e apelar também para a praticidade. Entretanto, as vendas entre as classes D e E também estão aumentando, como reflexo do aumento do poder aquisitivo da população brasileira", diz o presidente. A Kantar classifica esse comprador como o "experimentador", aquele que gosta de novidades.
Ainda de acordo com o estudo, 20% da população é "heavy buyer", ou seja, compram massas mais de vinte vezes por ano, contra as 14 vezes que correspondem à média. Este perfil é composto por donas de casa com mais de 50 anos e lares com cinco ou mais moradores, pertencentes às classes D/E e com crianças pré-adolescentes. "Está claro que o macarrão agrada os mais diversos públicos e é por isso que está presente em 99,6% das mesas brasileiras. Nosso desafio agora é fazer com que o consumidor diversifique sua receita, usando os mais de 40 formatos que temos disponíveis por aqui", finaliza Zanão.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ABIMA