Arroz em casca mantém valorização lenta e gradual

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O mês de julho já apresentou uma valorização de 1,7% para o arroz em casca no Rio Grande do Sul. O percentual é maior do que aquele registrado em junho, de 1,58%, embora a evolução se mantenha lenta e gradual. Segundo o indicador de preços do arroz em casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias/BM&F Bovespa, a cotação da saca de 50 quilos (58x10), à vista, chegou a R$ 34,64, com aumento de 33 centavos em 10 dias.

Pela cotação da quinta-feira (18/7), a saca equivalia a US$ 15,55. Em moeda estadunidense, por causa de uma recuperação do valor do real na política de câmbio do País, o produto valorizou 35 centavos. No mercado livre, nas principais praças gaúchas, o arroz com este padrão tem preços médios entre R$ 33,50 e R$ 36,00, dependendo do prazo de pagamento, da região e onde o produto está armazenado, entre outros fatores.

Variedades nobres são cotadas a R$ 39,00 no litoral norte (64x6) e entre R$ 35,00 e R$ 36,00 (60x8) na fronteira oeste. Frente à mesma época do ano passado, as cotações médias gaúchas estão 17% maiores.

Em Santa Catarina, os preços ao produtor mantêm estabilidade entre R$ 32,00 e R$ 34,00 nas principais praças. No Mato Grosso, à medida que a safra está negociada, o cereal começa a valorizar, seguindo a tendência do Sul do País. Há pouco arroz na mão do produtor e as cotações se elevaram R$ 1,00 essa semana, para R$ 37,00 a saca de 60 quilos com arroz em casca (55% acima), em Sinop e Sorriso. O valor ainda é 10% menor do que na mesma época do ano passado por causa de uma safra maior naquele estado.

Nas últimas duas semanas houve um aumento na oferta de lotes do cereal pelos produtores em razão dos vencimentos de custeio, compra de insumos e pagamento de parcelas de dívidas e renegociações de dívidas por parte dos rizicultores gaúchos e catarinenses. Ainda assim, o mercado não mostrou enfraquecimento, pois pequenas e médias indústrias com baixos estoques aproveitaram para recompor seu volume de matéria-prima.

E o anúncio, pela Conab, de que a safra será menor do que o projetado, principalmente pela frustração nas regiões que cultivam o grão mais tarde, fortaleceu essa posição. Todavia, esse movimento aumentou a pressão das indústrias e, principalmente, o varejo sobre o governo federal, solicitando a realização de leilões de oferta para garantir o fluxo de mercado.

Lideranças supermercadistas anunciaram que até o início de agosto deverão repassar a alta dos preços do arroz aos consumidores, uma vez que há um impasse nas negociações com a indústria, que alega já ter feito todas as concessões possíveis e estar operando praticamente sem margem de lucro.



veículo: DCI


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