Geada pressiona preço de alimentos

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Frio intenso no Estado prejudica a produção de frutas e legumes, além da pastagem para gado

Outro efeito do frio que congelou os gaúchos nos últimos dias poderá ser sentido, em breve, no preço de hortaliças e frutas. Prejudicadas por intensas geadas, no Sul e Sudeste, a produção agrícola mais sensível a quedas bruscas da temperatura tende a provocar aumento no varejo.

Tradicionalmente, instabilidades climáticas como geada e queda de granizo levam à alta nos preços uma semana após as ocorrências.

– É cedo ainda para medir os danos causados na produção de hortaliças e citros. Mas é provável que haja aumento na próxima semana, especialmente nas hortaliças vindas do Sudeste, onde a geada não é comum – avalia Claiton Colvelo, da Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa), por onde passa um terço dos hortigranjeiros in natura consumidos no Estado.

Elevações de preços devem ser percebidas, ainda, na produção gaúcha de alface, couve e outras folhosas não protegidas por estufas ou túneis. Na pecuária, o impacto da geada também é negativo, embora não imediato.

– As pastagens param de brotar com o frio intenso, prejudicando a nutrição dos animais. Se o produtor não tiver reserva de pasto ou não complementar a alimentação com silagem ou suplementos, o gado pode perder peso. Nas fêmeas, pode diminuir a possibilidade de ter crias – explica Carlos Simm, integrante da Comissão de Pecuária de Corte da Farsul.

Para as culturas de inverno, no entanto, o frio intenso nesta época não é prejudicial. O risco para as lavouras de trigo e aveia, por exemplo, é de geadas tardias no período de reprodução da plantas, o que ocorre na segunda quinzena de setembro.

– O frio intenso é positivo, especialmente para o equilíbrio natural das lavouras, com a eliminação de resíduos de culturas de verão, como soja e milho – diz Dulphe Pinheiro Machado Neto, gerente técnico estadual da Emater.



Veículo: zero Hora - RS


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