A gigante do agronegócio Bunge disse que seus lucros do trimestre foram reduzidos pela metade devido a oferta apertada de produtos agrícolas e que irá ajustar sua abordagem quanto a investimentos para melhorar retornos.
A Bunge, uma das maiores tradings agrícolas do mundo, está aguardando com ansiedade a próxima safra de soja e milho dos EUA, no outono do Hemisfério Norte, para melhorar o volume de grãos disponíveis para comprar, vender, transportar e processar.
Em 2012, lavouras dos EUA foram devastadas por uma seca histórica e áreas de grãos na Argentina e no Mar Negro também sofreram com clima desfavorável.
A demanda por exportações de produtos agrícolas deve ser maior no segundo semestre devido à queda nos preços com expectativa de safras abundantes, disse o diretor financeiro da Bunge, Drew Burke, acrescentando que compradores têm aguardado para realizar novas compras.
"Nossas operações de processamento e comercialização na América do Norte e na Europa continuarão a ser impactadas pelo menor uso da capacidade devido à oferta apertada até que as novas safras sejam colhidas", disse.
A Bunge teve lucro líquido de US$ 110 milhões no segundo trimestre, encerrado em 30 de junho, ante US$ 265 milhões no mesmo período do ano passado.
A receita no trimestre foi de US$ 15,5 bilhões, abaixo das expectativas, de US$ 15,8 bilhões, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S. Um ano atrás, a receita foi de US$ 14,5 bilhões.
Margens e volumes elevados no Brasil, que colheu uma safra recorde de soja, ajudaram a reduzir o impacto da oferta apertada nas outras partes do mundo. A Bunge disse que movimentou volumes recordes no Brasil em meio a problemas logísticos e atrasos nos portos.
Veículo: DCI