Torcedor mineiro zera estoque de camisa oficial

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Na Loja do Galo, alta nas vendas após a Libertadores chegou a 80%.

A final da Copa Libertadores e o último clássico entre Cruzeiro e Atlético mexeu não só com a emoção dos torcedores mineiros, mas também com o comércio de camisas e produtos dos times no Estado. Lojas do Cruzeiro e do Atlético comemoram o aumento de vendas principalmente de camisas oficiais e de treino, além de itens licenciados como bandeiras, chinelos, copos e mascotes.

Nas franquias da Loja do Galo, em Belo Horizonte, o crescimento nas vendas de 21 a 28 de julho foi de 80% em relação à semana anterior, segundo o gestor da franquia, Emerson Martins. Nas lojas do Cruzeiro, Maior de Minas, o aumento foi um pouco menor, mas o supervisor de quatro franquias em Belo Horizonte, Arley Lúcio Vinhal, garante que a venda cresceu de 25% a 30% com o último clássico.

O que motivou o torcedor atleticano a comprar mais foi a final da Libertadores, conforme explica Martins. Segundo ele, o último clássico não fez tanta diferença para o torcedor alvinegro. "Com a Libertadores o aumento foi instantâneo. Durante toda a semana anterior à final houve crescimento e depois vendeu ainda mais", afirma. De acordo com ele, a camisa oficial e a de treino são os produtos que mais saíram, mas o atleticano que chegava "empolgado" com o bom momento do time acabou levando mais coisas. "Dos produtos licenciados, a bandeira é a que mais vende. Eles chegaram na maior euforia comprando o que havia disponível e todo tipo de item", comemora. O gestor da franquia destaca, ainda, que os produtos não têm ficado muito tempo nas lojas: o que chega é logo vendido. Em relação ao ano passado, ele espera um crescimento de até 60% até dezembro de 2013.


Bandeira - O torcedor atleticano também fez crescer as vendas na Bandebras, que comercializa bandeiras no bairro Barro Preto, no Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com a diretora-executiva, Moema Lis de Leandro Lima, um grande número de torcedores alvinegros procurou a loja na última semana. Segundo ela, eles compraram desde a tradicional bandeira preta e branca ou com o escudo do time, até peças personalizadas e carregadas de criatividade.

"Eles compraram bandeiras para colocar no carro, com mensagens especiais para dar de presente de aniversário e, há alguns dias, teve até um cliente que pediu a namorada em casamento com uma bandeira do Galo", lembra. Apesar de bandeiras de time não serem o foco da empresa, a diretora afirma estar otimista em relação às vendas. "Queremos que os times mineiros continuem ganhando porque isso significa maior procura por bandeiras", diz.

Já na loja Maior de Minas, as compras se concentraram no último fim de semana por causa do confronto entre o Cruzeiro e o Atlético. "Véspera de clássico as vendas sempre aumentam, independente da situação que o time esteja. Quando é campeão é claro que vende ainda mais, mas torcedor acaba comprando o ano inteiro por causa da paixão pelo futebol", explica Vinhal, que supervisiona as lojas do Itaú Power Shopping, Shopping Estação BH, Minas Shopping e Sede Campestre, na Pampulha. De acordo com ele, o público é bem diversificado, mas os homens ainda são responsáveis por 60% das compras.

Quando o assunto é a expectativa para os próximos meses, ele está otimista e acredita que uma vitória do Cruzeiro na Copa do Brasil ou no Campeonato Brasileiro pode lhe render até R$ 1 milhão em vendas. "A torcida está feliz, acreditando no time, então estamos esperando um grande aumento nas vendas", afirma. A franquia, que tem seis lojas físicas em Belo Horizonte e duas virtuais, vai ganhar um novo estabelecimento, no Shopping Del Rey, na sexta-feira.

Falta de produto - Na Arquibancada, franquia que comercializa produtos dos dois times em sete lojas na Capital, a procura por camisas e outros produtos também foi grande na última semana, mas as vendas ficaram prejudicadas por falta de produtos nos fabricantes.

O diretor Ewerton Starling afirma que a demanda por produtos do Atlético cresceu 57% com a Libertadores, mas a venda nas lojas não acompanhou o percentual, devido ao baixo estoque. Com o clássico ocorrido no último domingo, as vendas para torcedores cruzeirenses cresceram 22%, mas o diretor destaca que os produtos também já esgotaram e a previsão para a chegada de nova mercadoria é de um mês.

"É triste pensar que temos um cenário tão positivo, mas não podemos aproveitar. Eu tive que demitir três funcionários no último sábado porque não temos produto para vender", reclama. Segundo Starling, a falta de estoque faz com que ele deixe de vender cerca de 100 camisas masculinas por dia, o que equivale a um prejuízo diário de pelo menos R$ 2 mil.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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