Estimativa do governo já aponta safra acima de 200 mi de toneladas em 2014

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A safra nacional de grãos, cujo plantio das principais culturas se inicia neste segundo semestre, poderá ultrapassar os 200 milhões de toneladas no próximo ano.

As estimativas são da AGE (Assessoria de Gestão Estratégica) do Ministério da Agricultura. O governo, como sempre faz nas previsões iniciais, trabalha com dois cenários. Na melhor das hipóteses, a safra atingirá 205 milhões de toneladas.

Em um cenário menos favorável, a safra ficará em 188 milhões de toneladas, segundo José Garcia Gasques, coordenador-geral da AGE.

Esse grande salto na produção tem tudo para se confirmar, de acordo com Gasques. "A agricultura está muito dinâmica."

Um dos carros-chefes da safra no próximo continuará sendo a soja. Na avaliação da AGE, a área a ser semeada na safra 2013/14 poderá superar os 30 milhões de hectares.

Gasques diz que a AGE trabalha com uma área de plantio entre 28,9 milhões e 30,9 milhões de hectares.

Se tudo der certo, a produção deverá atingir 88,4 milhões de toneladas. O órgão de gestão estratégica do governo prevê, no entanto, que, em um cenário complicado, a produção fica em 80,2 milhões de toneladas.

As informações da AGE não diferem muito das feitas por consultorias especializadas no setor para a soja. AgRural e Safras & Mercado preveem plantio de 29 milhões a 30 milhões de hectares, enquanto a produção deverá atingir volume próximo de 90 milhões de toneladas.

A soja rouba área do milho na safra de verão. A produção do cereal continuará, no entanto, dando bom suporte ao volume total de grãos a ser produzido no próximo ano.

Commodities agrícolas seguram taxa de inflação

As commodities agrícolas puxaram a taxa de inflação para baixo neste mês. O IGP-M de ontem apontou um IPA (Índice de Preços por Atacado) agrícola de 0,45%, abaixo do 1,01% de junho.

Com isso, a taxa acumulada no ano caiu 4,9%. A de 12 meses subiu 4,1%, o menor patamar desde o fim do primeiro semestre de 2012.

As pressões menores se concentraram em soja e milho, devido à redução internacional dos preços. Os números atuais do IPA agrícola se distanciam muito dos do início do ano, quando a FGV havia registra alta de 16,8% no índice em 12 meses.

O recuo do IPA foi ajudado, ainda, pela queda de 0,34% no minério de ferro. Na contramão, as carnes de ave e de bovino subiram.



Veículo: Folha de S. Paulo


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