A Novelis, multinacional fabricante de produtos de alumínio, projeta um crescimento de 30% em suas vendas no Brasil no próximo ano, afirmou o presidente global da empresa, Phil Martens. O otimismo do executivo, num momento em que a indústria brasileira de transformados de alumínio está praticamente estagnada, é justificado principalmente pela expectativa de aumento do consumo de bebidas durante a Copa do Mundo de 2014.
"Com a nossa expansão no Brasil e com a Copa do Mundo, o Brasil vai liderar nosso crescimento global de vendas", disse Martens ontem, após o evento de inauguração da ampliação da fábrica de chapas e folhas de alumínio da companhia em Pindamonhangaba (SP). Em 2012, a receita da Novelis na América Latina, sendo a maior parte no Brasil, foi de US$ 1,4 bilhão.
Após investimentos de R$ 340 milhões, a unidade teve sua capacidade elevada em 50%, para 600 mil toneladas ao ano. Esta foi a terceira expansão da fábrica no interior paulista, inaugurada em 1977, e grande parte do valor, cerca de US$ 120 milhões, foi gasto na compra de um novo laminador.
As latas de alumínio para bebidas (cerveja e refrigerante) respondem por 80% do total da produção da fábrica, enquanto o setor automobilístico corresponde por entre 7% e 8% e o restante é distribuído em outras áreas da indústria e outros tipos de embalagens.
Os planos de expansão da empresa no Brasil incluem ainda US$ 90 milhões em uma linha de envernizamento e pintura de embalagens de alumínio e outros US$ 35 milhões em uma nova linha de reciclagem que acrescenta uma capacidade de 190 mil toneladas, para 390 mil toneladas.
Os aportes fazem parte do plano de investimentos global da companhia - subsidiária da Hindalco, do grupo indiano Aditya Birla -, de US$ 2 bilhões, a serem completamente aplicados em até 18 meses, segundo Martens. A cifra inclui projetos na Coreia, na Alemanha, na China e nos Estados Unidos.
"No geral, o mercado está crescendo entre 5% e 8% ao ano, o que nos deixa confortáveis para os investimentos", disse Martens. A Novelis projeta ainda um crescimento anual de 25% na demanda por alumínio no setor automotivo em todo o mundo até 2017. O executivo disse ainda que o ambiente para seus negócios no Brasil está melhor hoje do que no passado, após um bom trabalho na política fiscal e com a inflação sob controle.
Veículo: Valor Econômico