Varejo eletrônico vende R$ 12,74 bi no 1º semestre

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35,5 milhões de pedidos foram feitos via internet no período, crescimento de 20% na comparação anual.

As vendas do comércio eletrônico somaram R$ 12,74 bilhões no primeiro semestre deste ano, resultado que representa alta de 24% na comparação com igual período de 2012, de acordo com a 28ª edição do relatório Webshoppers, realizado pela E-bit, empresa especializada em informações do setor. De acordo com o relatório, 35,5 milhões de pedidos foram feitos via internet no período, crescimento de 20% na comparação anual.

O tíquete médio das compras on-line cresceu 4% em relação ao primeiro semestre de 2012, atingindo R$ 359,49. A categoria de moda e assessórios, que vinha ganhando posições nos últimos anos, se consolidou como a maior em vendas on-line. Esta categoria respondeu por 13,7% do faturamento total. Na seqüência estão eletrodomésticos, com 12,3%, cosméticos e perfumaria, com 12,2%, informática, 9% e livros, 8,9%.

A E-bit prevê que o comércio eletrônico deve chegar ao final do ano com faturamento de R$ 28 bilhões. Este número representaria elevação de 25% frente ao apurado durante o ano passado. A previsão otimista de alta nas vendas, mesmo diante de um cenário de desaquecimento do consumo, se explica pela adesão de novos consumidores às compras online e ganho de participação de mercado sobre lojas físicas, avaliou a E-bit.


Grandes redes - As vendas do setor, segundo a E-bit, têm se concentrado nas lojas de grande porte. As 50 maiores redes respondem por 80% da receita. A companhia acredita que o Brasil tenha de 30 a 40 mil vendedores online legalizados e estabelecidos, o que significa que milhares de redes disputam os 20% restantes do mercado.

Segundo o diretor geral da E-bit, Pedro Guasti, hoje o comércio eletrônico representa de 3,5% a 4% de todas as vendas do varejo brasileiro. "Nos Estados Unidos, esse número fica entre 8% e 10%", disse. A elevação do percentual no Brasil, opina o diretor, depende do crescimento do número de usuários de internet no Brasil, o que ele acredita que deve ser motivado pela alta do uso de dispositivos móveis. "Acredito que em quatro ou cinco anos poderemos chegar ao patamar dos Estados Unidos", afirmou.

O relatório Webshoppers, da E-bit, apontou que, no primeiro semestre de 2013, houve a entrada de 3,98 milhões consumidores no meio on-line. O número é um pouco menor do que o reportado no mesmo período do ano passado, quando foram 4,64 milhões de entrantes. Ainda assim, Guasti avalia que há grande potencial para crescimento. A maior parte do novo público, destaca, é das classes C e D. Dos consumidores estreantes, 58,62% têm renda familiar de até R$ 3 mil.

O uso de dispositivos móveis para compras vem crescendo. No primeiro semestre deste ano, 3,6% das vendas online foram feitas por aparelhos como smartphones e tablets. Há um ano, esse percentual era de 1,3%. Já o comportamento de preços no comércio on-line tende a ser diferente do varejo como um todo, disse Guasti. No primeiro semestre deste ano, houve deflação de 4,59% de acordo com o índice Fipe/Buscapé. O diretor da E-bit acredita que o segundo semestre deva ser de inflação, mas ainda assim ele avalia que a alta competição entre as lojas virtuais faz com que haja forte preocupação com a marcação de preços pelas redes.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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