Após desistir de se listar na bolsa em 2012, a rede de farmácias Pague Menos avalia que ainda não é hora de retomar o plano e considera uma nova emissão de debêntures para fazer frente ao seu plano de investimentos, disse o presidente e controlador da empresa, Francisco Deusmar de Queirós.
Até 2017, a Pague Menos pretende atingir mil lojas no país, ante as 630 atuais. Para tanto, planeja investir cerca de R$ 800 milhões, com parte do dinheiro aplicado na compra de imóveis que serão usados para os pontos de venda - a ideia é que essas lojas cheguem a 50% do total. Hoje, representam 35% da rede.
Terceira maior bandeira de drogarias do Brasil em receita e única com presença em todos os Estados, a companhia também afasta a possibilidade de adquirir rivais para ganhar musculatura, estratégia adotada por suas maiores competidoras nos últimos anos.
"Nosso crescimento sempre foi orgânico e por enquanto a nossa estratégia é continuar assim", disse Queirós. Com uma geração de caixa de R$ 100 milhões a R$ 120 milhões por ano, a empresa dispõe de recursos para financiar sua expansão, por enquanto, disse ele.
Para complementar esse montante, a empresa considera fazer uma nova emissão de debêntures. "Temos crédito muito bom e isso significa que podemos conseguir dinheiro mais barato. Talvez no próximo ano, a partir de maio, a gente vá precisar", afirmou.
Já a estreia na Bovespa não deve acontecer tão cedo. "Os grandes investidores devem voltar a olhar para os IPOs no fim de 2014, início de 2015", disse.
Veículo: Valor Econômico