Bauducco, Centauro e Schin investem em escolas

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Uma competição intercolegial que durante o ano inteiro reúne 70 mil alunos de algumas das mais tradicionais instituições de ensino particular do país - Rio Branco, Santo Américo, Porto Seguro, Miguel de Cervantes, Santa Cruz, entre outros - é uma das alternativas, em tempos de cerco à publicidade dirigida a crianças, para anunciantes que querem atingir o público infantil. 

 

Esse é o apelo usado pela TTK Marketing Esportivo, organizadora do campeonato de futebol FutCup, para despertar o interesse de novos patrocinadores sobre o evento, realizado pelo sexto ano consecutivo em São Paulo. Bauducco, a varejista Centauro e Schincariol compraram cotas. Perdigão e Sony estão em negociação. 

 

Com início em fevereiro, junto com o ano letivo, a FutCup é voltada a alunos de 7 a 17 anos, de mais de 50 colégios da capital, que devem disputar cerca de 400 jogos durante o ano. A atividade engloba também pais e professores, atingindo 300 mil pessoas. 

 

A TTK vende cotas de patrocínio aos interessados nesse público, cada vez mais difícil de atingir pelas mídias tradicionais, tendo em vista as restrições na propaganda, especialmente para crianças de até 12 anos. O valor da cota não é revelado, mas é inferior a R$ 150 mil - preço médio de uma única inserção de 30 segundos em horário nobre na TV aberta. A Bauducco vai participar pela primeira vez este ano. "Nós estávamos buscando uma mídia alternativa para o biscoito Recheadinho, lançado no ano passado, e acreditamos que a FutCup traz o contexto ideal: jovens e crianças interagindo de maneira positiva e distante de outras mídias", diz Piero Franceschi, gerente de marketing de biscoitos da Bauducco. 

 

Segundo ele, o produto é mais saudável que a média da categoria. "Além de não ter gordura trans, o Recheadinho tem 60% menos de gordura saturada, menos açúcar e traz polpa de fruta em alguns sabores", diz. Além da Bauducco, patrocinam a FutCup 2009 a Centauro e a Schincariol, com o Schin Guaraná. Mais duas cotas estão sendo negociadas com Perdigão e Sony. Segundo Marcos Yano, sócio da TTK, o Schin Guaraná é um "case" desse tipo de mídia. "Quando fizemos o primeiro evento, em 2004, ouvimos 220 alunos sobre as marcas mais lembradas de guaraná e a Schin nem sequer foi citada". Em 2008, a TTK repetiu a pesquisa e a marca apareceu em segundo lugar, depois do guaraná Antarctica, da AmBev. "O evento serviu para aproximar a marca desse público, e hoje o Schin Guaraná está em 54% dos colégios participantes". 


 
Veículo: Valor Econômico


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