Cresce venda de lâmpadas fluorescentes e de led

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Incandescentes serão proíbidas.

O uso de lâmpadas incandescentes, que apresentam baixo nível de eficiência energética, deve se tornar cada vez mais raro. As de 150 Watts e 200 Watts já deixaram de ser produzidas no Brasil desde o dia 30 de junho do ano passado, enquanto a de 100 Watts deixou de ser fabricada e importada no país desde o último dia 31 de junho. A de 60 Watts, que poderá ser fabricada e importada até junho de 2014, tem permissão de comercialização até dezembro de 2014. Dessa maneira, aumenta a procura pelas lâmpadas fluorescentes e de led, com rendimento mais elevado.

A Portaria nº 1.007, de 31/12/2010, ainda prevê uma redução gradual na produção das incandescentes ao longo dos próximos anos até que, em 2016, elas não sejam mais produzidas, importadas ou comercializadas no mercado nacional. Na visão da gestora da Linha de Lâmpadas da Loja Elétrica, Marlene Alves de Macedo, o país acompanha uma decisão tomada pela agência internacional de energia, que pretende intensificar ações com o objetivo reduzir o consumo de energia elétrica.

Na Loja Elétrica, com sete unidades espalhadas por Belo Horizonte, uma em Ipatinga (Vale do Aço) e outra em Uberlândia (Triângulo Mineiro) a procura pelas lâmpadas de led cresce aproximadamente 200% a cada ano. "Essas lâmpadas são bastante utilizadas em projetos mais recentes, uma vez que demandam custos mais baixos com manutenção, além do maior ganho energético que propiciam, simultaneamente", complementa Marlene de Macedo.

Ela ainda lembra que essas outras tecnologias ganharam mais força após o período de racionamento de energia, que aconteceu entre 2001 e 2002, durante o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Conforme a gestora, de toda a energia consumida por uma lâmpada incandescente, 95% são transformados em calor e apenas 5% em luz visível.

O maior rendimento vem acompanhado, naturalmente, de uma elevação do preço. Enquanto uma lâmpada incandescente custa aproximadamente R$ 1,50, a de led chega a R$ 35, o que beneficia os negócios da Loja Elétrica. Isso porque, os esforços para economizar energia impulsionam a venda não apenas de um produto mais eficiente, mas também com valor agregado mais elevado. A especialista não é capaz de mensurar com precisão o tempo de duração de uma lâmpada de led, uma vez que, ao contrário das incandescentes, ela não é diretamente proporcional ao número de partidas.

Atualmente, a Loja Elétrica comercializa cerca de cinco marcas de lâmpada de led, todas elas chinesas. De acordo com ela, algumas multinacionais, com atuação no país, já demonstram interesse em começar a fabricar esse tipo mais eficiente de lâmpada, que tem um processo de produção mais simples frente às incandescentes e fluorescentes. Entretanto, ela acredita que, antes de se optar pelo início da fabricação, as companhias devem realizar um profundo estudo de mercado, com o objetivo de identificar as reais chances de competir com os importados, que normalmente desembarcam em território nacional a um valor bem mais competitivo.

Marlene de Macedo também lembra que as lâmpadas de led são facilmente encontradas em lojas especializadas espalhadas pela capital mineira e principais cidades do interior do Estado. "Elas começaram a se tornar mais populares há cerca de cinco anos e devem conquistar um espaço cada vez maior", frisa.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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