Migração do milho para a soja fez com que a produtividade média do Estado diminuísse 3,7% neste ano.

O 12º Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos 2012/13, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirmou que a safra mineira no ano agrícola atual foi reduzida em 1,3%. Ao todo foram produzidas no Estado 12,05 milhões de toneladas, frente às 12,2 milhões de toneladas colhidas anteriormente. A migração de produtores de culturas com rendimento maior - como a do milho - para a soja fez com que a produtividade média do Estado fosse reduzida em 3,7%.

De acordo com dados da Conab, ao longo da safra 2012/13, o melhor desempenho foi observado na cultura da soja, que em Minas Gerais foi ampliada em 10,3%, com produção de 3,37 milhões de toneladas. O rendimento médio ficou em 3 toneladas por hectare, o que significou uma expansão de 0,8%. A área destinada ao cultivo totalizou 1,12 milhão de hectares, aumento de 9,5% sobre 1 milhão de hectares utilizados na safra passada.

A alta na produção está diretamente ligada aos bons preços praticados no mercado e à maior liquidez da oleaginosa, com isso produtores que antes investiam no milho e feijão migraram para o produto.

No caso do milho, a safra total do Estado ficou em 7,45 milhões de toneladas, queda de 4,5% frente à produção de 7,8 milhões de toneladas geradas na safra anterior. A produtividade média da lavoura recuou 1,2%, com rendimento de 5,8 toneladas por hectare. A área de cultivo, 1,28 milhão de hectares, foi reduzida em 3,4%.

Com os preços pagos pela soja e o milho mais lucrativos que os praticados na cultura do feijão, a produção total do grão foi reduzida em 14,9%, totalizando 564,8 mil toneladas do produto. No período produtivo a área ocupada ficou 0,6% menor, alcançando 419,7 mil hectares. A produtividade ficou em 1,3 tonelada por hectare, queda de 14,4%.

Na primeira safra de feijão a queda na produção chegou a 30%, com 152,7 mil toneladas produzidas. Na segunda, a produção foi de 194,9 mil toneladas, recuo de 15,2%.

De acordo com a Conab, ao longo do plantio da segunda e da última safra de feijão do ano. nem mesmo os preços elevados no mercado e as condições climáticas favoráveis foram atrativos suficientes para estimular o crescimento da área de plantio do feijão. A redução pode ser atribuída aos problemas relacionados ao controle da mosca branca, difícil e oneroso, e as condições climáticas favoráveis ao plantio do milho segunda safra que se apresentou como uma boa alternativa de uso do solo no período.

A colheita da última safra já foi concluída, e a produção registrou queda na produtividade média de 9,2%, estimada em 1,317 toneladas por hectare. A redução foi atribuída à falta de chuvas nos meses de abril e maio, principalmente para as lavouras plantadas mais tardiamente, e que se encontravam entre as fases de desenvolvimento. A queda na produção deverá ser de 15,2%, comparativamente à safra anterior, totalizando 194,9 mil toneladas.




Veículo: Diário do Comércio - MG