IN pode favorecer cafeicultores

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Instrução Normativa nº 41 traz novas regras para a Produção Integrada do Café (PIC).

As novas regras para a Produção Integrada do Café (PIC), que foram anunciadas na última semana pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), poderão favorecer os produtores mineiros. A propriedade que estiver adequada à Instrução Normativa nº 41 poderá ser certificada, o que é importante para diferenciar o produto no mercado e agregar valor ao grão.

Para o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e presidente das comissões de Café da Faemg e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, os cafeicultores do Estado já vêm investindo nas boas práticas de produção.

"Ao longo dos últimos anos, os produtores de café vêm se adaptando às regras de boas práticas para que o grão seja diferenciado no mercado. A certificação do café, em tese, servirá para concretizar o trabalho do produtor e diferenciá-lo dos demais. Outra vantagem é que o consumidor vai saber o que ele realmente está comprando, um produto com segurança alimentar", ressalta.

A IN 41 visa estabelecer as normas técnicas para a Produção Integrada do Café. A medida também determina os requisitos obrigatórios, recomendados e proibidos para que o produtor possa receber a certificação PIC.

Esses procedimentos abrangem as boas práticas agrícolas, questões de preservação ambiental, práticas sustentáveis, uso de energia limpa, consumo moderado de agrotóxicos, regras trabalhistas, entre outras.

De acordo com o Mapa, a produção integrada é importante por aumentar a segurança com relação ao uso de agrotóxicos e minimizar os custos do produtor. Já para o consumidor, as vantagens estão no aumento da segurança, aliada ao aumento da qualidade do café adquirido.

O mercado para o café, apesar dos leilões feitos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ainda está desfavorável. De acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), na última semana, o arábica foi negociado a um patamar inferior ao da semana antecedente. O indicador do Cepea voltou a atingir nova mínima no início da semana, com a saca de 60 quilos cotada a R$ 265,31, menor nível nos últimos 47 meses.

Cotações -
De acordo com pesquisadores do Cepea, na última semana, as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York ficaram no patamar de US$ 1,17 por libra-peso, superior ao da semana passada. Porém, na quinta-feira, voltaram a pesar sobre o mercado as especulações a respeito de uma ampla disponibilidade de café e a valorização do dólar, resultando no fechamento de US$ 1,1565.

Segundo o levantamento do Cepea, as primeiras floradas referentes à safra 2014/15 já começam a abrir nas principais regiões produtoras de café. Com a colheita da temporada 2013/14 praticamente encerrada, os produtores voltam as atenções para a abertura de novas floradas nos campos do tipo arábica. As expectativas iniciais de colaboradores do Cepea são de uma nova safra abundante, mas o clima e os cuidados no campo ainda serão determinantes.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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