Boa notícia para o bolso do rio-pretense. Pelo quinto mês consecutivo, o valor da cesta básica registrou queda. Em setembro, de 1,67% em relação ao mês de agosto, fechando cotada a R$ 778,79. É o que indica a pesquisa mensal das Faculdades Integradas Dom Pedro 2º. No mês anterior, o custo havia sido de R$ 792,30.
No ano, já houve mais registros de baixa do que de alta na cesta básica, cinco contra quatro. A maior queda foi em maio, de 3,45%, e a maior alta, em abril, de 5,01%. No acumulado de 12 meses, o índice é negativo em 5,63%. A tendência, segundo o economista Hipólito Martins Filho, coordenador da pesquisa, é de estabilização nos preços em função da queda da renda real e da massa salarial. “Apenas duas coisas podem pressionar os preços: o comportamento do dólar e o aumento do consumo no fim do ano, mas nada deve sair do controle”, disse.
Em setembro, o desempenho negativo foi motivado pela redução de alimentos como batata (-13,72%), feijão (-12%) e tomate (-8,98%). Na outra ponta do ranking, em alta, os destaques foram banana (16,48%), frango (14,86%) e laranja (10,43%).
Quando se faz a avaliação no período dos últimos 12 meses, as reduções mais significativas foram do açúcar (-16,4%), café (-11,2%) e margarina (-9,5%). O tomate registrou a maior queda, de 41%, mas esse é um caso atípico, já que neste ano teve o quilo vendido por até R$ 12. A grande vilã do período foi a farinha de trigo (36,6%), seguida pelo leite tipo C (34,2%).
Variação chega a 54,7%
A variação entre os preços máximos e mínimos da cesta foi de 54,70%. Os extremos foram R$ 612,79 e R$ 947,11. Segundo a professora Patrícia Correia de Souza Menandro, que também coordena a pesquisa, a variação aumentou. “Em agosto, a diferença da mais barata para a mais cara havia sido de 43,91%”.
Entre os produtos, a maior variação foi no preço da batata, de 268%. O quilo foi encontrado por R$ 1,29 e R$ 4,75. O tomate também oscilou entre um lugar e outro, 202%, tendo sido encontrado pelos valores de R$ 0,99 e R$ 2,99 o quilo. A pesquisa indica ainda que, para custear as despesas básicas de uma família de quatro pessoas, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.164,52.
Veículo: Site Diario Web