A logística é uma das maiores ameaças ao agronegócio brasileiro. Que o diga Santa Catarina, que depende de rodovias – 59,8% delas em estado regular a péssimo – para transportar a produção.
A saída, defendeu a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) ontem em Chapecó, é o investimento em ferrovias e hidrovias.
– É como fazer uma festa para 10 mil pessoas e ter só uma porta de saída. Não dá conta – disse Katia, também presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), durante o seminário de líderes rurais da Federação da Agricultura e Pecuária em Chapecó (Faesc).
Dentro do programa federal que construirá 10 mil quilômetros de ferrovias no Brasil, duas linhas que cortam Santa Catarina de Oeste a Leste e de Norte a Sul estão em estudo.
A Ferrovia do Frango ou da Integração, que levará a produção do Oeste para os portos do litoral, é a mais atrasada, pois ainda está em processo de licitação do Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA). A Ferrovia do Milho (Norte-Sul) com o EVTEA em desenvolvimento.
– A ferrovia, além de baratear o transporte da produção, ajudaria a diminuir o custo do transporte do milho que trazemos do Centro-Oeste do país para alimentar nossos suínos, aves e bovinos – explica o presidente da Faesc, José Zeferino Pedroso.
O seminário discutiu os desafios, ameaçadas e oportunidades do agronegócio no país, reunindo uma centena de presidentes de sindicatos rurais de todas as regiões catarinenses.
Veículo: Diário Catarinense