Crise ainda persiste e cafeicultores pedem novo auxílio ao governo

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Falta de perspectivas desestimula produtores mineiros.

A crise da cafeicultura brasileira tem mobilizado os representantes do setor, que irão entregar ao governo federal novas reivindicações para garantir pelo menos novo fôlego à atividade. A situação atual, de preços bem abaixo dos custos de produção, é considerada extremamente caótica e tem desestimulado vários produtores.

No último dia 15, deputados, prefeitos, vereadores, presidentes de cooperativas de cafeicultores, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Conselho Nacional do Café (CNC) e da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) estiveram reunidos com o governador Antonio Anastasia para definir políticas prioritárias para a retomada da cafeicultura.

Após essa reunião foi formado um pequeno grupo que ficou responsável por elaborar um documento que será entregue, em breve, ao governo federal. De acordo com a Secretária de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), as medidas que serão sugeridas incluem a suspensão pelos bancos, por 90 dias, da cobrança das dívidas dos cafeicultores.

Segundo o diretor da Faemg e presidente das comissões de Café da Faemg e da CNA, Breno Mesquita, o objetivo da suspensão dos pagamentos, além de dar um fôlego aos cafeicultores, é utilizar o prazo para que a CNA faça um levantamento detalhando do nível de endividamento dos produtores, o perfil, as regiões mais afetadas e sobre a capacidade real que os cafeicultores têm em quitar as dívidas. Após esse levantamento, serão propostas medidas para minimizar o problema.


Conab - "Estamos propondo ao governo federal uma nova forma de fazer políticas para o setor que realmente venham favorecer a geração de renda. Isso será possível pois estaremos baseados em dados atuais, técnicos e concretos. Também é importante que as mesmas sejam colocadas em prática no início da safra, e não como aconteceu neste ano em que os leilões da Conab foram em setembro com pagamento aos produtores somente em março do próximo ano. Neste caso, somente os cafeicultores capitalizados terão condições de esperar até lá", avalia.

A outra medida que poderá ser adotada seria a retirada imediata de 15 milhões de sacas de café do mercado brasileiro. A forma técnica que será sugerida pelo governo do Estado é através de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), com 10 milhões de sacas, ou de Aquisição do Governo Federal (AGF), com 5 milhões de sacas, que são instrumentos da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Neste caso, assim que comprovado a negociação do produtor com o governo, em um prazo de aproximadamente 10 dias seriam liberados os recursos.

Esse tipo de programa é lançado quando os preços de mercado estão abaixo do mínimo estabelecido pelo governo, que no caso do café é de R$ 307, enquanto o valor de venda gira em torno de R$ 260 por saca de 60 quilos. Quando negociado dentro do program, o vendedor recebe a diferença, entre o preço de mercado e o mínimo, do governo.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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