O mercado doméstico de trigo segue operando com reduzido volume de negócios. No Rio Grande do Sul, o ritmo da colheita vem sendo prejudicado pela ocorrência de chuvas. Os reportes de negócios, em geral de pequenos lotes, ficam entre R$ 800,00 e R$ 830,00 por tonelada. No Paraná, os reportes de negócios para trigo pão tipo 01 têm girado por volta de R$ 900,00 por tonelada.
Os compradores têm utilizado a paridade de importação com o produto norte-americano (trigo hard de Kansas) para balizar suas ofertas. Interessante destacar que muitos moinhos já não têm acesso à cota (2,7 milhões de toneladas no total) liberada com a isenção da Tarifa Externa Comum (TEC).
A produção brasileira é estimada em 4,8 milhões de toneladas. Desse montante, estima-se que cerca de 1 milhão de toneladas seja destinado a ração animal, 330 mil toneladas paras sementes e 20 mil toneladas para exportação. Confirmados estes números, o saldo a ser disponibilizado pela indústria nacional será de 3,45 milhões de toneladas.
"Neste caso, a necessidade de importação de trigo em grão será de 6,95 milhões de toneladas", explicou o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento. Com a redução da produção no Mercosul, mais uma vez haverá necessidade de aquisições expressivas no Hemisfério Norte.
Colheita - O mais recente boletim da Emater/RS-Ascar sobre a cultura do trigo no Rio Grande do Sul aponta que o processo de colheita pouco evoluiu durante o último período, tendo em vista as condições meteorológicas adversas registradas recentemente.
Nesse sentido, a preocupação dos produtores é a possível conseqüência das intensas chuvas, acompanhadas de fortes ventos e eventual queda de granizo em extensas áreas de produção.
No momento, é expressivo o percentual de lavouras que culminaram seu processo de maturação e estão prontas para serem colhidas.
Veículo: Diário do Comércio - MG