Embrapa Café e Emater-MG facilitaram acesso às pesquisas desenvolvidas nas entidades.
O consórcio formado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, unidade Café (Embrapa Café) com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) está facilitando o acesso dos cafeicultores às pesquisas desenvolvidas nas entidades especializadas. A maior divulgação dos resultados e as aplicações das técnicas no campo são consideradas fundamentais para ampliar a qualidade do café produzido no Estado.
De acordo com o pesquisador da área de transferência de Tecnologia da Embrapa Café, Anísio José Diniz, o objetivo do consórcio é facilitar o acesso dos produtores às pesquisas desenvolvidas.
"As pesquisas realizadas pela Embrapa e universidades geralmente vêm da demanda dos cafeicultores, com o consórcio o acesso às informações foi facilitado, já que os extensionistas da Emater-MG são capacitados e repassam as informações para os produtores", disse.
De acordo com a Embrapa Café, são 170 extensionistas prestando assistência a 2,4 mil cafeicultores em 126 municípios mineiros. A maioria dos cafeicultores é de pequeno ou médio porte. A ideia é expandir o projeto para os demais estados produtores.
No final do primeiro ano do consórcio, dezembro de 2013, os extensionistas terão prestado 7,2 mil assistências técnicas aos produtores, já que fazem, em média, três visitas ao ano a cada cafeicultor.
"Os extensionistas acompanham a produção durante o ano, fazendo cerca de três visitas às unidades produtoras em épocas de diferente desenvolvimento do café. O acesso ao projeto é tanto para os produtores que têm a produção convencional, como para os que possuem o selo Certifica Minas", disse.
Ainda segundo Diniz, o objetivo é atender às demandas de produtores e do mercado e promover o desenvolvimento qualificado da atividade cafeeira no Estado por meio da adoção de boas práticas agrícolas e de gestão previstas na Produção Integrada do Café e no Programa Certifica Minas Café.
Entre os resultados esperados com a parceria entre as instituições estão a elevação da produtividade, a agregação de qualidade ao produto, o aumento da renda dos produtores, a maior qualificação da mão de obra, entre outros.
Os recursos para a execução dessa parceria por meio de convênio são provenientes do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), em consonância com o Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Setor Cafeeiro (PEDSC 2012/2015), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Até outubro, professores, técnicos e pesquisadores de instituições ligadas ao agronegócio café capacitaram 166 extensionistas em tecnologias de produção. O treinamento foi realizado no campus da Universidade Federal de Lavras (Ufla), instituição participante do Consórcio Pesquisa Café. Entre os temas do treinamento estão mercado de café atual e futuro; gestão produtiva, econômica e mercadológica para melhoria da produção; políticas de governo para o setor; agregação de valor ao café; certificação; georreferenciamento entre outros.
Veículo: Diário do Comércio - MG