O preço da cesta básica do mês de fevereiro está 3,81% mais caro com relação ao do mês passado. Esta foi a maior alta desde 1996, quando começou a ser calculada pelo Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), da Universidade de Taubaté.
O maior aumento, até então, havia sido de 3,10%.
A cesta passou de R$ 1.141,18 para R$ 1.184,70, isto representa uma diferença de R$ 43,52.
Campos do Jordão continua a cidade com a cesta mais cara, R$ 1.194,11, enquanto Caçapava tem a cesta mais barata, R$ 1.169,29.
Em São José dos Campos e Taubaté, elas custam R$ 1.185,81 e R$ 1.189,59, respectivamente.
A alimentação, geralmente responsável pelo aumento dos preços, é o item que teve aumento em todas as cidades.
Aumento e redução. Dos 32 produtos de alimentação pesquisados, 22 sofreram aumento de preço e dez sofreram redução. As maiores altas foram as da batata, tomate e feijão carioquinha.
Os que mais reduziram de preço foram a cenoura, o mamão e a farinha de trigo.
Dos cinco produtos do grupo higiene pessoal, dois tiveram aumento de preço, como os de higiene dental; e três redução.
Em relação aos sete produtos de limpeza doméstica, seis tiveram aumento de preço e um sofreu redução, como a esponja de aço.
Tendência. Segundo o pesquisador do Nupes, Luiz Carlos Laureano, os preços tendem a baixar a partir deste mês. “Estamos otimistas porque já está chovendo um pouco”.
O fim do período de Páscoa também deve reduzir o preço de produtos como os ovos, que substituíram a carne.
Os maiores afetados pelo aumento são consumidores que recebem até um salário mínimo. “Faz muita falta, tanto é que a pessoa de comprar algumas coisas”.O consumidor “pode substituir (os itens) dentro do possível e encontrar produto mais barato se fizer pesquisa”, concluiu.
Cesta de março
Tiveram alta
Batata (46,66%), tomate (27,45%), feijão carioquinha (18,59%), banana nanica (12,04%), couve e alface (11,87% e 7,14%), ovos (7,20%) e óleo de soja (3,83%)
Tiveram queda
Mamão (-4,86%), farinha de trigo (-4,82%), contra-filé (-3,91%) e alcatra (- 3,70%)
Tribuição de itens
Alimentação: 3,39%
Higiene Pessoal: 0,23%
Limpeza doméstica: 0,19%
Total: 3,81%
Razões para a alta
Clima seco e aumento do consumo de alguns itens
Veículo: Jornal O Vale