Presidente destacou a importância das parcerias entre as empresas públicas e privadas
Em discurso realizado no sábado, na abertura da 80ª Expozebu, em Uberaba (MG), a presidente Dilma Rousseff destacou a importância das parcerias entre as empresas públicas e privadas para o desenvolvimento da agropecuária brasileira. “Temos um resultado extraordinário que será visto nos oito dias do evento. Esta parceria é um exemplo para o todo Brasil, que vai precisar cada vez mais de parcerias bem sucedidas para levarmos adiante nosso desenvolvimento”, disse a presidente.
De acordo com Dilma, o País necessita de inovação para enfrentar o desafio da competitividade. “Cada vez mais precisamos de produção agropecuária competitiva e sustentável. Isso significa aumentar a qualificação do trabalho, através, sem dúvida, da educação. No nosso caso, da educação técnica e qualificação profissional. Isso exige comprometimento da construção da infraestrutura logística”, disse, citando as Parcerias Público-Privadas (PPPs) e também obras públicas do governo como aeroportos, rodovias e gasodutos, entre outras.
Dilma afirmou ainda que seu governo “tem buscado contribuir para a equação entre produtores e tecnologia por meio de iniciativas concretas”. Nesse sentido, a presidente destacou o fortalecimento do plano agrícola e de pecuária, “construído a partir do diálogo” com representantes do setor. Mencionou, entre as medidas adotadas, as taxas de juros baixas, a ampliação de financiamentos e a política do preço mínimo para dar segurança aos produtores.
Segundo a presidente, dos R$ 136 bilhões para o crédito rural na safra 2013-2014, R$ 116 bilhões já haviam sido contratados até março. “Hoje, portanto, esse número é maior”, disse.
O governo deverá fortalecer fortalecer o financiamento para pecuaristas adquirirem bovinos e matrizes. A presidente destacou programas de estímulo e desenvolvimento da agropecuária brasileira lançados pelo governo para aumentar a produtividade do campo. Entre eles, a presidente mencionou o Inova-Agro e crédito para a agricultura que consome baixos índices de carbono.
Dilma Rousseff enfatizou em seu discurso a atenção do governo em relação à sanidade animal, tema “decisivo para as exportações de carne” e para as relações bilaterais e multilaterais. “Sempre que pudermos, nos colocaremos na ofensiva nas relações comerciais”, disse. “Persistimos atuando de forma firme e fortalecendo nosso sistema de vigilância para conquistar o rótulo de área livre da aftosa, para evitar surgimento de barreiras às exportações e ampliar mercados”, disse. “Sempre que necessário, meu governo atuou em áreas de negociação com outros países”, acrescentou.
De acordo com a presidente, o governo finalizará em breve a elaboração do plano agrícola e pecuário da safra 2014-2015. “Queremos sugestões e propostas, pois queremos melhorar a cada ano e garantir instrumentos e medidas cada vez mais adequados ao apoio à agropecuária. Vamos manter as diretrizes dos anos anteriores, como ampliar recursos e simplificar procedimentos”, observou Dilma. “Queremos avançar mais, criando condições para o aumento da competitividade da agropecuária. Precisamos ampliar o acesso dos pequenos produtores à assistência técnica da produção rural”, complementou.
Regulamentação do Cadastro Ambiental Rural será publicada hoje
Durante a abertura da 80ª Expozebu, a presidente Dilma Rousseff informou que será publicado nesta segunda-feira o decreto com as regras necessárias à implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
“O CAR permitirá dar início aos processos de recuperação ambiental rural previstos no novo Código Florestal”, disse a presidente. Introduzido pelo novo Código Florestal, aprovado em 2012 pelo Congresso, o cadastro estabeleceu a obrigatoriedade de que todas as 5,6 milhões de propriedades e posses rurais do País façam parte do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR).
Assim que o governo federal publicar o decreto, os proprietários rurais terão um ano para cadastrar suas terras. O proprietário deve especificar as áreas destinadas à produção e aquelas de conservação ambiental. “Todos os proprietários, a partir daí, terão um ano para aderir ao programa e regularizar a situação das áreas de uso restrito e reserva legal”, disse Dilma.
Segundo a presidente, o CAR será um instrumento para melhorar a gestão das propriedades e garantir a segurança jurídica pedida pelos produtores.
Veículo: Jornal do Comércio - RS