A diferença de preços entre os produtos típicos juninos nas feiras livres e supermercados de Salvador pode chegar até 86%, no caso da espiga de milho. Para o aipim e amendoim, a diferença é de 60% e 50%, respectivamente.
Apesar do conforto oferecido em supermercados e delicatessens, a saída para economizar é enfrentar o desconforto das feiras e recorrer à pechincha.
Enquanto é possível encontrar uma espiga de milho vendida a R$ 0,70 na Feira de São Joaquim, no supermercado Bompreço, da Pituba, a unidade mais cara entre os locais visitados, a espiga custa R$ 1,30 (unidade).
Quando comprados em grande quantidade, no entanto, a diferença pode chegar a 225%. A partir de 10 espigas de milho, é possível levar a unidade por até R$ 0,40 na Feira de São Joaquim.
Como é regra em todas as feiras, se pechinchar, o produto pode ficar ainda mais barato. Foi o caso do argentino Leandro Miranda, na Feira de São Joaquim. Ele carregava um saco com 50 espigas de milho que comprou por R$ 15. Cada uma saiu por R$ 0,30.
"É uma feira mais bonita e tradicional, além de muito mais barata. Compramos para fazer uma 'festona' no São João", disse.
Em busca dos menores preços, a reportagem de A TARDE também visitou os supermercados GBarbosa, do Costa Azul, o Extra, na Paralela, o Mercado do Rio Vermelho (antiga Ceasinha), a delicatessen Perini, na Pituba, e a feira do bairro Sete Portas.
De todos os locais pesquisados, o único que tem todos os produtos mais baratos é a Feira de São Joaquim, onde se pode encontrar, por exemplo, 100 laranjas por R$ 15.
Entre os supermercados, o GBarbosa apresentou os menores preços para um quilo de aimpim, amendoim e laranja, dez espigas de milho e um bolo pronto simples, que somados dão R$ 38,23.
As mesmas quantidades e produtos ficam por R$43,54, no Bompreço da Pituba, e R$42,52, no Extra da Parelela. Na delicatessem Perini, R$55,14.
Mesmo reclamando dos preços, a comerciária Cláudia Baruck não abre mão de comprar em supermercados. "Não compro na feira porque no supermercado é mais cômodo", diz.
Mercado
Recentemente inaugurado, o Mercado do Rio Vermelho (antiga Ceasinha), tem preços menores do que os supermercados, mas superiores aos das feiras livres. Os mesmos produtos e quantidades citados acima ficam por R$ 37,89 na Ceasinha.
Para a empresária Eugênia Leoni, além dos preços mais baixos, o que a atrai na Ceasinha, principalmente, é a sensação de segurança. "Nunca questiono a qualidade dos produtos, mas agora conseguiram se superar. A comodidade e a limpeza também atraem o cliente", afirma.
Diferentemente dos supermercados, na Ceasinha é possível encontrar licores fabricados em cidades do interior, como Cachoeira e Cruz das Almas, de R$ 12 a R$ 30.
Veículo: A Tarde - BA