Anunciantes temem definir verba anual de mídia

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Embalada por uma guitarra nervosa e um ritmo alucinante, a música é uma tremenda pauleira e diz: "Tranquilo/ tranquilo/ não levanta daí/ se você levantar eu vou reagir/ Me trate com respeito/ me diga o que é direito! Tranquilo/ Tranquilo/ Tranquilo!".

 

A canção, da banda paulistana de rock Republica (sem acento) dá uma ideia da temperatura hoje nos corredores da agência Africa: tranquila, pelo fato de ter iniciado o ano com novo cliente (Wal-Mart), contratações e uma série de campanhas, mas sem espaço para descuidos; e com o pé no acelerador para afastar qualquer acorde dissonante provocado pela crise.

 

Esse estado de espírito pode ser sentido na fala de Márcio Santoro, vice-presidente executivo, e de Luiz Fernando Vieira, diretor de mídia da Africa e um dos autores da música "Tranquilo", da banda que fundou e da qual é guitarrista. "O Brasil não quer parar. As empresas estão anunciando. E estamos contratando", diz Márcio Santoro.

 

Com a conquista da conta do Wal-Mart, em dezembro, e as novas campanhas, a agência contratou 14 pessoas em janeiro e mais 9 em fevereiro. O número supera as 12 demissões de novembro, motivadas por um "ajuste necessário" na ocasião, segundo a empresa.

 

Só neste ano, a agência veiculou pelo menos sete campanhas, criadas para clientes como Itaú/Unibanco, jornais Agora e Folha de S.Paulo, Brahma e Wal-Mart. "Mas a questão é que tudo é discutido mês a mês, ou seja, está difícil fazer um planejamento para o ano todo", afirma Vieira.

 

O diretor de mídia se refere ao receio do mercado anunciante de comprometer agora verbas que só serão utilizadas daqui muitos meses. Assim, a negociação entre agências e veículos de comunicação com vistas ao ano todo, para que se saiba com que verba publicitária poderão contar para aquele exercício, tem de ser flexível. "Essa intenção de investimento, chamada de compromisso, está comprometida", diz Vieira.

 

Os executivos não informaram o valor aplicado em mídia em 2009. "Estamos fechando esse balanço, mas está num volume parecido com o do mesmo período de 2008", assegura Santoro.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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