A marca portuguesa de azeite Gallo vai trazer para o Brasil, no mês que vem, uma nova estratégia para tentar alavancar seus negócios no mercado considerado o mais importante fora de Portugal.
O projeto de reestruturação dos produtos, que começou em 2011, chega ao País com quatro variações de sabor (extra suave, suave, clássico e reserva), que serão identificados pela cor da embalagem e um selo no qual a quantidade de gotas ilustradas faz referência à gradação de acidez. A Cargill importa e distribuiu os azeites da marca no mercado brasileiro.
Em Portugal a empresa investiu 5 milhões de euros em uma campanha para divulgar o reposicionamento. O orçamento, no Brasil, deve ser superado, já que as vendas no País representam 40% do faturamento global da Gallo.
O grupo espera que o consumo brasileiro dos azeites Gallo registre alta de 3% em 2014, ao contrário de seu mercado de origem. Em Portugal a marca acumula queda de 3%, conforme dados da Nielsen no país.
A Gallo tem uma fatia de 35% do mercado brasileiro, que movimentou R$ 892, mil entre janeiro e agosto deste ano, segundo a Nielsen Brasil. A cifra representa ganho de 11% sobre um ano antes.
De acordo com a consultoria brasileira a importação nacional de azeites portugueses somou US$ 230 milhões no ano passado, uma alta de 19% em relação a 2012.
Produção nacional
A fabricante gaúcha de azeites, Olivas do Sul, já percebeu que as marcas estrangeiras têm reforçado os investimentos em publicidade e atribui o movimento a uma estratégia para cativar o consumidor, de olho na expansão da produção local, que tem potencial para ganhar o mercado, hoje dominado pelos importados.
"O Brasil será bem sucedido na produção de azeites, embora hoje o produto local não represente nem 0,5% do total de mercado", afirma um dos sócios da empresa, Daniel Aued. Para ele, por se tratar de um dos produtos mais falsificados do mundo, o consumidor vai avaliar cada vez com mais critério o azeite consumido.
Veículo: DCI