O serviço veterinário da Rússia aceitou levantar um embargo aplicado a suínos vivos, víscera e gordura da França imposto no nível da União Europeia (UE) no início de 2014, depois que um surto de peste suína africana atingiu a região leste do bloco.
"Com este acordo inicial obtido agora e com a possibilidade de estados membros de negociarem condições sanitárias com a Rússia, a retomada das exportações pode ocorrer nas próximas semanas", disse o ministério da agricultura francês, em comunicado enviado ontem.
Segundo representantes da pasta, outros países da UE assinaram acordos semelhantes. Produtores de suínos da França, que também foram atingidos por um embargo mais amplo imposto em agosto pela Rússia a alimentos ocidentais, já acumulam perdas de 500 milhões de euros devido às sanções.
Vale lembrar que a Rússia é o principal destino das exportações de suínos do Brasil.
Grãos
A Rússia poderá avaliar um embargo completo às exportações de grãos se as restrições informais ao comércio já existentes não obtiverem o resultado econômico esperado. A maior parte das vendas russas de grãos é composta por trigo, do qual o país deverá ser o quarto maior exportador mundial neste ano.
No entanto, em resposta à inflação nos preços dos alimentos, a Rússia reduziu as exportações em dezembro por meio de um monitoramento de qualidade mais rígido e também anunciou uma nova tarifa de exportação que será aplicada a partir de fevereiro.
"As medidas já foram tomadas. Se elas não forem suficientes, há propostas mais radicais", afirma um dos vice-primeiro-ministros, Arkady Dvorkovich, em uma reunião com parlamentares do partido político do presidente Vladimir Putin. A restrição informal à exportação em dezembro, foi a terceira sobre o grão desde 2008, quando a o país criou o imposto sobre o trigo. /Reuters
Veículo: DCI