Enquanto os preços do frete e do combustível sobem, companhias de logística realizam estratégias para reduzir perda operacional e elevar margem de lucro e eficiência
O cenário de retração econômica, somado ao aumento do valor do frete, preço do dólar e do combustível, está fazendo com que as empresas de logística realizem novos investimentos em automação e melhoria de processos para diminuir custos e atingir crescimento este ano.
A companhia focada em grandes cargas, Panalpina, tem como foco a redução de custos e processos. No quarto trimestre do ano, a empresa deve iniciar a operação do sistema SAP TM (Transportation Management) no Brasil. A intenção é integrar e padronizar em uma única plataforma a coordenação de embarque, o sistema operacional de documentação e outros processos. A mudança está sendo realizada em todas as sedes da companhia no mundo. "A projeção da implementação deste sistema na Panalpina mundial é que a produtividade interna ganhe entre 15% e 20% de eficiência", afirma o diretor comercial da Panalpina no Brasil, Gustavo Paschoa.
Além disso, o executivo disse que ainda este mês um funcionário da Panalpina América do Sul ocupará o novo cargo de desenvolvimento estratégico. "A ideia de criar a função é oferecer ao cliente a melhor solução". Agora, o novo executivo deverá estudar o plano de logística de suprimentos de cada cliente adequando a rota e o meio de transporte para reduzir o custo operacional.
Outro fator que tem ajudado é o modelo de negócio que não tem investimentos ativos e permite a flexibilidade operacional. O transporte doméstico rodoviário é feito por meio de contrato com outras empresas transportadoras, mas sempre sob a gestão da Panalpina. Atualmente, o transporte é realizado majoritariamente nos ramos de tecnologia e da indústria automotiva. "Mas, o foco para este ano é crescer nos segmentos de health care e bens de consumo", conclui o empresário.
Renovação de frota
Com o objetivo de otimizar a operação e diminuir a emissão de gases poluentes na atmosfera, a TNT, entre as maiores empresas de carga expressa no Brasil anunciou este ano o investimento de R$ 39 milhões na renovação de frota. Ao todo foram comprados 237 veículos, entre carretas, cavalos e VUCs, tanto para viagens quanto para coleta e distribuição.
"A renovação completa da frota está prevista em até cinco anos e segue a premissa de mantermos a melhoria constante na qualidade dos nossos serviços. O investimento garantirá maior eficiência operacional e menor necessidade de manutenção, o que vai nos permitir manter o alto índice de confiabilidade das entregas", disse o diretor de operações e tecnologia da empresa, Fabiano Fração.
Segundo o executivo, os novos veículos de transferência ficarão mais concentrados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, trazendo melhor autonomia no consumo de combustível. "Com a renovação da nossa frota conseguiremos aumentar a nossa média de quilometragem mensal de 15 mil quilômetros para o nosso objetivo de 20 mil quilômetros por mês. Esses resultados trarão uma redução de 1,943 mil toneladas anuais nas emissões de gases nocivos ao meio ambiente", completou.
Automação
A ULMA Handling Systems também afirma ter sido muito procurada para desenvolver sistemas de automação para distribuição e armazenagem de cargas. Uma empresa que contratou o serviço é a companhia do ramo têxtil infantil, Brandili. O novo centro de distribuição da empresa na cidade de Apiúna (SC) está totalmente automatizado. O investimento total foi de R$ 70 milhões - que inclui também outros projetos de infraestrutura. A plataforma instalada é de armazém automatizado com movimentação e estocagem de pequenos itens. Tudo através de um software de gestão de armazéns (WMS) desenvolvido sob medida que inclui um dispositivo de preparação de pedido Put to Light , que ajuda a guiar os operadores no processo de separação multipedido.
A ULMA já realizou projetos de logística para outras empresas como: Bufalo, Stam, Lojas União, Nespresso, Rogê Distribuidora, Acrilex, Belenus, VAZ, Cofema e Ecopads.
Veículo: DCI