Preço da cesta básica cai 2,02% em Porto Alegre

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Dos 17 itens analisados pelo Dieese, 13 registraram recuo em fevereiro

 



O preço da cesta básica de Porto Alegre apresentou queda de 2,02%, passando de R$ 361,11, em janeiro, para R$ 353,81, em fevereiro. Na avaliação mensal, apresentada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), sete dos 13 itens que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais registraram baixa.

A maior diminuição foi observada no custo da batata (-26,96%), seguida da banana (-5,07%), da farinha (-4,63%), da manteiga (-4,35%), do leite (-0,53%), do arroz (-0,43%) e do pão (-0,39%).

É a primeira variação negativa depois de sete meses seguidos de alta. De acordo com a economista do Dieese Daniela Baréa Sandi, o cenário também pode ser explicado pela desaceleração do aumento do preço da carne. O item, responsável por 40% do valor total da cesta, teve crescimento de apenas 0,63% em fevereiro, e 19,9%, no acumulado dos últimos 12 meses. Com isso, Porto Alegre vem caindo no ranking das capitais com alimentos básicos mais caros e, atualmente, é a sexta colocada. Segundo o estudo, 14 das 18 cidades pesquisadas tiveram elevação no preço da cesta.

"Principalmente dois produtos in natura contribuíram muito para esse resultado. A batata vinha subindo muito pela baixa oferta em razão do clima e recuou, assim como a banana, que teve baixa importante. Além disso, a carne vinha pressionando muito a cesta nos últimos meses, mas desacelerou em fevereiro", resume Daniela. Por outro lado, além da proteína animal, subiram os preços do óleo (4,65%), do feijão (3,55%), do tomate (2,26%) e do café (1,44%). Em 12 meses, a cesta acumula alta de 11,77%, sendo que oito itens ficaram mais caros neste período. Em 2015, a variação também é positiva, de 1,51%.

Em fevereiro, o valor representou 48,8% do salário- mínimo líquido, contra 49,81% em janeiro. O trabalhador com esse rendimento precisou cumprir uma jornada de 99h47min para adquirir os bens alimentícios básicos. Segundo o Dieese, o mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas levando em conta o atendimento das prerrogativas constitucionais - alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência - deveria ser de R$ 3.182,81. Ou seja, 4,04 vezes mais do que o piso nacional de R$ 788 em vigor desde janeiro.

No País, as maiores altas ocorreram em Natal (4,36%), seguida por Salvador (4,17%), João Pessoa (2,69%) e São Paulo (2,06%). Além de Porto Alegre, as capitais que apresentaram quedas foram Campo Grande (-0,96%), Florianópolis (-0,24%) e Aracaju (-0,06%).

Em fevereiro, a cesta mais cara entre as capitais analisadas foi a de São Paulo, com preço médio de R$ 378,86, seguido pela de Florianópolis (R$ 359,76) e a do Rio de Janeiro (R$ 357,27). As mais baratas foram as de Aracaju (R$ 264,67), João Pessoa (R$ 286,22) e Natal (R$ 289,65).
Levando em conta a determinação constitucional que estabelece que o salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese afirma que o salário-mínimo ideal em fevereiro deveria ser R$ 3.182,81, valor 4,04 vezes maior que o mínimo atual, de R$ 788,00.




Veículo: Jornal do Comércio - RS


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