A maior rede de varejo do Paraná, a Dudony, com sede em Maringá e 110 lojas no estado e em São Paulo informou que dentro do seu plano de recuperação está colocando à venda todas as suas 11 lojas em São Paulo devido aos altos custos de logística da operação. Segundo o assessor jurídico da Dudony, Cleverson Colombo, o objetivo é "gerar caixa para pagar os credores".
A empresa protocolou pedido de recuperação judicial na 1 Vara Cível de Maringá, em 19 de dezembro do ano passado. No Diário de Justiça do Estado do Paraná, publicado no dia 24 de dezembro de 2008, o juiz Mario Seto Takeguma, da 1 Vara Cível de Maringá, informou que a empresa deve cerca de R$ 104 milhões para 250 credores, entre bancos, fabricantes de eletrodomésticos, empresas de telefonia e pessoas físicas. Os quatro maiores credores são o Banco Cacique, com créditos de R$ 17,6 milhões, Banco Fibra, R$ 11,8 milhões, Banco Industrial, R$ 5,5 milhões, e Banco Itaú, R$ 5 milhões.
As unidades que serão negociadas em São Paulo estão em Assis, Bauru, Botucatu, Cândido Mota, Ibitinga, Lençóis Paulista, Lins, Marília, Ourinhos, São Manoel e Tupã. Segundo a empresa, até o momento, não apareceram interessados. O próximo passo do plano de recuperação judicial é fixar uma data para a realização da assembleia de credores, o que deve ocorrer até o final de abril. Segundo a empresa, 85 credores têm dívidas que somam no máximo R$ 20 mil e devem receber os valores logo após a aprovação do plano. Segundo despacho de Takeguma, a Dudony passa por dificuldades financeiras desde 2005, quando ampliou a rede com recursos próprios, comprometendo o capital de giro, o que a forçou a "socorrer-se" com instituições financeiras.
Veículo: Gazeta Mercantil