Setor enfrenta consumo menor e clima desfavorável

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Produtor vem recebendo preços menores pela caixa da laranja, o que[br]resulta em menor expansão dos plantios

 

O citricultor e viveirista Roberto Aparecido Salva, com pomares e viveiros em Ibitinga, região central do Estado, conta que o setor vive um momento difícil. A crise internacional provocou uma queda no consumo mundial de suco e o produtor vem recebendo preços baixos pela caixa de laranja. Com 70 mil plantas e 400 mil mudas em viveiros, ele conta que houve uma retração no plantio em relação ao ano passado.

 

A produtividade também vai sentir os efeitos das oscilações climáticas, sobretudo nas região norte e centro do Estado, onde as chuvas foram seguidas de veranicos, induzindo a floradas que não vingaram. "Vamos ter a pior produção por planta dos últimos dez anos nessas regiões."

 

Dono de uma empresa de consultoria agrícola, Salva acredita que a citricultura de São Paulo está encontrando no sudoeste sua área de aptidão natural. "Nessa região, o greening ainda está por vir. Como não tinha laranja, a infestação por doenças e pragas é bem menor."

 

Além disso, a região tem água em abundância, com pluviosidade anual média de 1.300 milímetros, e temperaturas amenas. "Associe-se a isso o valor menor por área e tem-se um quadro muito favorável à expansão dos citros."

 

FALTA DE ÁGUA E DOENÇAS

 

Nas regiões situadas mais ao norte do Estado, segundo ele, o citricultor sofre com o déficit hídrico e com a maior incidência do greening. A doença atinge pomares em 195 municípios do Estado, a maioria nessas regiões. "O custo é mais alto e a produtividade menor." Apesar disso, essas regiões ainda concentram a indústria do suco, o que é uma vantagem. Como a região concentra pequenos e médios produtores, a diversificação é essencial. "O citricultor pode ter pomares menores e bem cuidados e ganhar espaço para outras culturas."

 

O que é o greening

 

O greening foi detectado pela primeira vez no País em 2004 e é considerada a pior doença de pomares citrícolas do mundo. Somente no Brasil, a doença já levou à eliminação de 2 milhões de plantas. O sintoma inicial é um ramo amarelo que se destaca na planta. Além disso, o fruto fica deformado e assimétrico.

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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