Com a crise, consumidor prevê cortar viagens e lazer

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Segundo pesquisa da LatinPanel, esses gastos foram citados por 39% dos entrevistados.Destinos internacionais tiveram queda de 30% nas vendas; redução de despesas com cesta de higiene e beleza aparece em segundo lugar

 

Apesar de otimistas com o desenrolar da crise neste ano, a maioria dos brasileiros (82%) não deve mais contrair dívidas, segundo pesquisa da LatinPanel. Além de evitar novos débitos, se forem afetados diretamente, o primeiro item a sair do orçamento dos entrevistados são gastos com lazer e viagens, citado por 39% deles.

 

Em segundo lugar (15%), aparece a cesta de higiene e beleza, seguida de alimentos e bebidas (11%) e de produtos de limpeza (10%). "Em épocas de crise, alguns itens tendem mais a sair do carrinho de compras", comenta Patricia Menezes, gerente de marketing do instituto de pesquisa de consumo domiciliar que foi a 1.800 residências nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

 

Entre os produtos da cesta de higiene e beleza, os mais vulneráveis são tinturas para cabelo, pós-xampus, cremes e loções. Ou seja, o consumidor pode cortar esses itens da lista, diminuir as compras ou trocar de marca, por uma mais barata.

 

O consultor especializado em varejo Eugênio Foganholo, da Mixxer, destaca que produtos de limpeza foram citados por menos entrevistados porque a cesta é menor, logo restam poucas opções para cortar.

 

Entre os alimentos mais propensos a continuar nas gôndolas dos supermercados, estão iogurte, requeijão, sorvete, azeite, sopa, molhos, catchup e cereal matinal. Na categoria bebidas, aparecem leite fermentado e o aromatizado, suco pronto para beber e bebidas à base de soja.

 

O diretor da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagem), Leonel Rossi Jr., contabiliza queda de 30% nos pacotes para o exterior desde novembro no confronto com igual período anterior.

 

Uma parte desse público optou por destinos nacionais, que tiveram incremento de
10% no mesmo intervalo. "Em ambos os casos, a base de comparação é muito forte", ressalta Rossi, otimista com a recuperação nas vendas, também porque, com a crise, os pacotes tendem a ter preços mais baixos. "Para quem tem o hábito, viajar é uma necessidade psicossocial."

 

Questionados sobre a situação do Brasil neste ano, 28% dos entrevistados pela LatinPanel afirmaram que 2009 será ainda melhor do que 2008.
Outros 39% acham que o país terá, pelo menos, a mesma situação, e 33% consideram que será pior. Já avaliando a vida pessoal, 58% disseram acreditar que terão condição financeira melhor, enquanto 32% creem que terão uma vida similar e 10% estão pessimistas.

 

Veículo: DCI


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