Consumidor de BH tem hábito de poupar

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                     Estudo da CDL-BH revela que 70,3% da população belo-horizontina têm o hábito de realizar aplicações financeiras.

Embora levantamento recente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) tenha revelado que a maioria da população da capital mineira (54%) não realiza nenhum tipo de planejamento financeiro, seja pessoal ou familiar, um novo estudo da entidade indica que 70,3% dos consumidores belo-horizontinos têm o hábito de poupar dinheiro ou de realizar aplicações financeiras em investimentos, mesmo diante do cenário econômico conturbado.

O vice-presidente da CDL-BH Marco Antônio Gaspar comemora o resultado, mas pondera que o índice de 29,7% de entrevistados que não guardam nenhum dinheiro ainda é alto e reflete a falta de planejamento das pessoas na Capital. Ele destaca a importância que qualquer reserva financeira em momentos de crise como o vivido pelos brasileiros atualmente.

"Esse dinheiro geralmente é usado por ocasião de um desemprego ou emergências pessoais. Por isso, é sempre interessante que além de a pessoa ter o cuidado de não comprometer mais do que 30% de sua renda com financiamentos, também faça uma reserva de pelo menos 10% do salário para casos emergenciais", sugere.

A pesquisa revelou que as formas mais utilizadas pelos entrevistados na hora de guardar dinheiro são poupança (51,6%), título de capitalização (6,6%), em casa (5,5%), Certificado de Depósito Bancário - CDB (2,2%) e outros locais (4,4%). "Popular e segura, a poupança se mantém como o principal meio de reserva de capital tanto para as classes de maior e menor poder aquisitivo", completa.

Barganha - Gaspar afirma que a reserva financeira é importante até mesmo na hora de fazer compras futuras, pois confere poder de barganha ao consumidor. Porém, ele admite que este não é um costume dos brasileiros e no fim das contas, quem sai ganhando são as financeiras.

"Em outros países não é comum as pessoas dividirem o pagamento de bens não duráveis por longos períodos. Pelo contrário, elas aplicam o dinheiro e vão às compras com os recursos nas mãos. Aqui percebemos, inclusive, a grande relação dos varejistas com as instituições financeiras, que visam sempre o lucro", explica.

Mas, conforme ele, nos últimos anos, o brasileiro tem percebido que comprando à vista ele consegue negociar. "A cultura do parcelamento não é uma boa opção quando se trata de educação financeira. O bom mesmo, sempre, é poupar", justifica.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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