A falta de produtos nas gôndolas dos supermercados aumentou em setembro deste ano, segundo dados da empresa de monitoramento NeoGrid. A porcentagem de vezes em que o consumidor não encontrou o produto que procurava chegou a 3,2% , saindo de 2 68% em agosto.
Segundo o monitoramento, o percentual da chamada ruptura de estoque é o maior desde outubro do ano passado. De acordo com a pesquisa, em 43,21% dos casos o que gerou a falta de produto nas prateleiras foram problemas logísticos.
Esse tipo de problema tem sido destacado por empresários do setor como uma consequência de negociações mais demoradas entre varejistas e fornecedores. Isso ocorre diante da dificuldade de negociar preços em meio à forte volatilidade nos custos, provocada entre outras coisas pelo impacto do câmbio.
Receio do varejista
"O varejo continua receoso, comprando menos, com medo de que a mercadoria fique encalhada na gôndola", disse em nota Robson Munhoz, diretor de relacionamento, varejo e indústria da NeoGrid.
A maioria dos casos de ruptura de estoque ocorre, porém, por falha de execução nas lojas. Esses casos foram 56,04% do total, a maior parte deles por diferença no número de produtos que consta no sistema de informações da loja e a quantidade que, fisicamente, está disponível para venda ao consumidor.
Casos críticos
O local do Brasil com mais problemas de falta de produtos foi a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde 4,16% dos produtos faltaram nas gôndolas, revelava o estudo.
O segundo pior número foi o da região que combina os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e interior do Rio de Janeiro, com 3,95%. A ruptura foi menor no Sul, onde ficou em 2,65%.
Veículo: Jornal DCI