Produtividade, crédito, tecnologia, sustentabilidade e logística são alguns dos temas que serão debatidos no Summit Agronegócio Brasil 2015.
O Summit Agronegócio Brasil 2015 vai reunir referências brasileiras e globais do setor no próximo dia 26, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo. O evento, realizado pelo ‘Estadão’, debaterá temas como o papel do Brasil como “celeiro do mundo”, as tecnologias que podem auxiliar a produção agropecuária, as oportunidades do desenvolvimento da indústria nacional de alimentos processados e os gargalos logísticos do País.
A realização da primeira edição do Summit Agronegócio reflete a importância do setor para a economia do País e para a segurança alimentar global. Entidades como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) preveem que o Brasil, até 2024, será o líder global em exportação de alimentos, graças à expansão da área plantada e ao aumento da produtividade.
Ao reunir economistas, pesquisadores e empresários que se dedicam a profissionalizar o agronegócio e a garantir seu crescimento sustentável, o evento tem o objetivo de traçar um panorama das oportunidades e desafios que estão à frente o setor. Entre os participantes do painel “Brasil, celeiro do mundo” estarão o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, e o economista-chefe da Bolsa de Chicago (referência global para preços de commodities), Blu Putnam.
Já o painel dedicado à logística – considerado por muitos o principal gargalo do setor, já que parte da produção agrícola acaba sendo perdida no transporte – reunirá empresários como Fernando Antônio Simões, diretor-presidente da JSL, e Rubens Ometto, presidente do conselho do Grupo Cosan, que controla a gigante ferroviária Rumo-ALL.
Futuro. Tecnologias que ainda não são conhecidas pelos produtores rurais brasileiros também ganharão destaque do Summit Agronegócio Brasil 2015. O diretor de projetos especiais do Estadão, Ernesto Bernardes, lembra que, diante da escassez de água e das deficiências do solo, o agronegócio de Israel é hoje um dos mais tecnológicos do mundo. “Eles precisam otimizar recursos há muito tempo, uma noção que só agora chega ao Brasil.”
O empresário israelense Robi Stark, presidente da empresa de tecnologia Sensilize, virá ao evento para mostrar, entre outras novidades, o uso de drones para monitoramento de lavouras. Os drones podem coletar informações que podem ajudar os proprietários rurais a racionalizar, por exemplo, o uso de fertilizantes.
O brasileiro Ivair Gontijo, engenheiro da Nasa, também estará presente ao Summit Agronegócio para mostrar como a engenharia espacial andará de mãos dadas com o setor. Satélites poderão prever fenômenos climáticos com maior antecedência, auxiliando a programação de plantio e colheita.
Indústria e crédito. Grandes indústrias de alimentos nacionais começam a tirar do País o “rótulo” de exportador de commodities, mas exigem que o produtor rural negocie com um novo tipo de cliente. No painel dedicado à relação do campo com a indústria estarão presentes, entre outros, Luiz Stábile (diretor de agropecuária da BRF) e Gustavo Grobocopatel (presidente do Grupo Los Grobo).
O presidente do Banco do Brasil, Alexandre Corrêa Abreu, fará uma palestra no evento para falar sobre crédito agrícola em tempos de crise.
Veículo: Jornal O Estado de S. Paulo