Preço no atacado desacelera e favorece indicador mensal

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O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 1,19% em novembro, após subir 1,76% em outubro deste ano, divulgou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV), resultado influenciado principalmente pelos preços no atacado.

O IPA-DI, que representa o segmento, subiu 1,41% no mês passado, após avançar 2,38% em outubro.

Já o IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, cresceu 1% em novembro, em comparação com alta de 0,76% no mês anterior. Mas, o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta de 0,34%, contra avanço de 0,36% na comparação.

Com o resultado anunciado nesta terça, o IGP-DI acumula altas de 10,21% no ano e de 10,64% em 12 meses. O período de coleta de preços para o índice de novembro foi do dia 1º ao dia 30 do mês passado. O IGP-M de novembro, que havia captado preços do dia 21 de outubro ao dia 20 do mês de referência, apresentou alta de 1,52%.

Indústria

De acordo com a FGV, preços dos produtos industriais no atacado registraram alta de 0,99%, ante avanço de 2,23% na mesma base de comparação. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 2,96% em novembro, após aumento de 2,06% no mês anterior.

Os preços dos bens intermediários subiram 0,87% na leitura anunciada hoje, em comparação a alta de 2,20% em outubro Já os preços das matérias-primas brutas registraram aumento de 0,21%, ante avanço de 2,99% na mesma base de comparação.

Os preços dos produtos agropecuários no atacado subiram 2,48% em novembro, após alta de 2,75% em outubro, segundo a fundação.

O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna (IPC-DI) - usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preços no varejo - de novembro subiu 0,69%, taxa maior do que a registrada no núcleo anterior, de 0,63%, referente a outubro deste. Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumula altas de 7,59% no ano e de 8,13% em 12 meses.

Semanal

A FGV informou ainda ontem que o Índice de Preços ao Consumidor semanal (IPC-S) apresentou variação de 1,21%, 0,21 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na divulgação anterior.

Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (1,85% para 2,33%). Nesta classe de despesa, destaque para o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 21,61% para 24,92%.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (0,55% para 1,25%); Habitação (0,66% para 0,77%); Transportes (1,19% para 1,27%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,61% para 0,64%); e

Despesas Diversas (0,06% para 0,13%).

Na avaliação da FGV, nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento da passagem aérea (2,99% para 21,16%), assim como do item eletricidade residencial (1,95% para 2,81%), gasolina (2,67% para 3,02%), protetores para a pele (0,71% para 1,47%) e alimentos para animais domésticos (-1,66% para -0,82%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos Comunicação (0,53% para 0,21%) e Vestuário (0,56% para 0,49%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: tarifa de telefone residencial (1,42% para 0,15%) e roupas (0,60% para 0,41%), respectivamente.

São Paulo

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou também ontem que, entre outubro e novembro, o Índice de Custo de Vida (ICV) registrou alta de 1,02% na cidade de São Paulo. No mês, o índice foi pressionado pelos grupos transporte e alimentação que, juntos, representaram praticamente 0,80 ponto percentual do resultado do mês.

No grupo transporte, a alta chegou a 2,34%, consequência das fortes altas nos preços do álcool (10,10%) e da gasolina (4,30%), que respondem por praticamente um terço da taxa (1,02%). Já o grupo alimentação teve alta de 1,54%.

Outros grupos também apresentaram aumentos no período: saúde, com alta de 0,82%; vestuário (0,61%); habitação (0,26%); despesas pessoais (0,48%); educação e leitura (0,14%); e despesas diversas (0,43%). Por outro lado, registraram queda os grupos equipamento doméstico (-0,10%) e recreação (-0,10%).

Entre dezembro de 2014 e novembro deste ano, o ICV alcançou taxa acumulada de 11,19%. No ano, o índice atingiu 10,61%, de acordo com a pesquisa do Dieese divulgada ontem.

 



Veículo: Jornal DCI


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