Número divulgado pela Conab representa incremento de 1,5%em relação ao ciclo 2014/2015.
A soja apresenta o maior crescimento absoluto no ciclo agrícola 2015/16, com estimativa de aumento de 6,2 milhões de toneladas, totalizando 102,5 milhões de toneladas. Os ganhos de área e produtividade da cultura se refletem em um crescimento de 6,5% na produção do País.
Os números constam do terceiro levantamento da safra, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A previsão da estatal é que a colheita total no período alcance 211 milhões de toneladas, com incremento de 1,5%. Esse resultado representa incremento de 3,2 milhões de toneladas em comparação com 2014/15 (207,8 milhões de toneladas).
Apenas as culturas de primeira safra tiveram o plantio iniciado, que se estenderá o fim deste mês. As culturas de inverno, referentes a safra 2015, estão na fase final de colheita. Para as culturas de segunda safra, o plantio se iniciará a partir de janeiro. Para o milho primeira safra e o algodão a estimativa é de queda na produção total, impulsionada pela redução na área plantada.
A recuperação da produtividade de feijão resulta em aumento da produção, apesar da queda na área plantada. De acordo com o levantamento, a área plantada com grãos deverá alcançar 58,6 milhões de hectares, o que representa crescimento de 1,1% em relação à área cultivada na safra 2014/15, que totalizou 57,9 milhões de ha. Segundo a Conab, essa área equivale a primeira, segunda e terceira safras, além das culturas de inverno.
Se for levada em consideração apenas a área efetivamente cultivada, a estimativa é de 43,3 milhões de ha, visto que os demais 15,2 milhões de ha equivalem a culturas sobrepostas à área de total.
A cultura da soja, responsável por mais de 56% da área cultivada do país, permanece como principal responsável pelo aumento de área.
A estimativa é de crescimento de 3,4% (1,1 milhão de ha), alcançando 33,2 milhões de ha na área cultivada com a oleaginosa.
El Niño pior
Intini comentou que o efeito climático El Niño, que atrapalha a produção brasileira de grãos, se assevera e tende a ficar ainda mais crítico nas próximas semanas.
"Uma melhora do El Niño é esperada só para meados de março ou abril", previu.
Apesar dessa expectativa negativa e dos efeitos já vistos agora decorrentes das condições climáticas, o diretor salientou que a Conab manteve a previsão de safra recorde.
"Mantemos essa tendência de safra recorde", disse. Ele comentou que o produtor tem aproveitado janelas para instalar suas lavouras e disse que não há agricultura sem a preocupação com o desempenho das chuvas
O maior temor com as precipitações, conforme Intini, se dá mais no Sul do País. "Teremos de ver o que ocorrerá com a safra de arroz, por exemplo, se houver permanência dos índices de chuva acima da média histórica", afirmou.
Veículo: Jornal DCI