As hortaliças registraram alta nos preços comercializados nas principais centrais de abastecimento do País, no mês de novembro. É o que aponta análise divulgada na sexta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre os preços de comercialização no atacado dos principais produtos hortigranjeiros.
O estudo, feito pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Conab, revela que as culturas de tomate, cebola e batata foram influenciadas pelas temperaturas elevadas aliadas às fortes chuvas que incidiram nas principais regiões produtoras do País. Essa conjuntura prejudicou a quantidade e a qualidade dos produtos ofertados no mês de novembro deste ano, ocasionando alta de preços.
A menor elevação foi de 16,7%, para o tomate, e o maior aumento foi de 107,5% para a cebola nas capitais pesquisadas. A cenoura acompanhou o comportamento e chegou a apresentar elevação de até 23% em alguns mercados.
Já as variações de preços de alface são típicas de cada mercado, uma vez que a produção da folhosa está localizada sempre mais próxima dos centros de consumo. Apesar dessa especificidade, a hortaliça apresentou alta nos entrepostos pesquisados, com elevação máxima de 91% em Curitiba, reflexo da queda na oferta do produto devido às constantes chuvas ocorridas durante o mês de novembro.
Frutas – A alta demanda por frutas impulsiona os preços comercializados para cima, mesmo com uma maior oferta disponibilizada pelos produtores. Outro fator que influencia a subida de preços é o favorecimento das exportações com o dólar em patamar elevado, o que diminui a oferta de produtos no mercado interno.
A maçã foi a fruta que apresentou maior elevação quando comparada com outubro. A alta chegou a 34,6% em Campinas. As fortes chuvas, que levaram à redução da colheita do produto, e a continuidade da alta do dólar colaboraram para o aumento dos custos de produção e favoreceram a exportação, contribuindo para a alta registrada.
O excesso de chuvas nas regiões produtoras no Sul do Brasil também prejudicou a produtividade da banana, acarretando na diminuição da área plantada. Já em Minas Gerais e no sul da Bahia, a escassez de chuva influenciou na menor demanda do produto nos entrepostos.
Os altos custos de produção e as exportações elevadas são os principais fatores que influenciam na menor oferta do mamão no País, o que pressiona para cima os preços de comercialização da fruta. A melancia não apresentou comportamento uniforme. Já a laranja foi a única fruta que apresentou uma ligeira queda nos preços, uma vez que a oferta se manteve forte no último mês.
O levantamento é feito nos principais mercados atacadistas. Em novembro, a análise contou com informações das centrais de abastecimento de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Curitiba. Minas Gerais não teve os dados analisados devido à greve dos funcionários da Ceasa Minas. Já os dados estatísticos do Espírito Santo, Goiás e do Ceará não foram informados em virtude de problemas operacionais na integração das informações de comercialização no Sistema de Informações dos Mercados de Abastecimento do Brasil (Simab).
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG