Temporário reduz o desemprego

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                 Taxa foi contida pelas contratações do fim do ano, com pequena reação no mercado de trabalho de regiões metropolitanas.

O mercado de trabalho metropolitano reagiu impulsionado pelas contratações temporárias de final do ano. A taxa de desocupação passou de 7,9% para 7,5% entre outubro e novembro no conjunto das seis regiões. Mesmo assim, a taxa é a mais alta para o mês desde novembro 2008, deixando 1,8 milhão de desempregados.

A Região Metropolitana do Recife (RMR) destoou das demais áreas e apresentou a elevação do desemprego de 9,8% para 10,8%, contabilizando 189 mil desocupados no mês. A pressão por emprego derrubou o rendimento dos ocupados. No Recife, a renda média caiu de R$ 1.729,98 para R$ 1.594,30. Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Adriana Beringuy, técnica da coordenação de trabalho e rendimento do IBGE, diz que até outubro a desocupação foi ascendente no conjunto das regiões metropolitanas, mas em novembro houve a interrupção de crescimento da taxa. Ela atribui a recuperação da ocupação à sazonalidade dos temporários nos meses de outubro-novembro-dezembro. Ao mesmo tempo, a técnica do IBGE destaca o desempenho negativo do emprego no ano. Em novembro de 2014 a taxa de desocupação pontuava 4,8% e passou a 7,5% em novembro deste ano.

Todos os grupamentos de atividades econômicas contribuíram para a melhoria do mercado de trabalho em novembro nas áreas metropolitanas. A indústria criou 51 mil postos, a construção empregou mais 32 mil pessoas e o comércio abriu 21 mil vagas no mês. O quadro muda no comparativo anual, com o corte de vagas em todos os segmentos econômicos. Além disso houve a perda do emprego com carteira (-4,6%) e do emprego no setor privado (-7,2%).

Recife
A RMR registrou em novembro a segunda maior taxa de desemprego das seis regiões. Só perdeu para Salvador (12,3%). “Ao contrário das demais regiões, a desocupação não cedeu no Recife. Observamos a queda da inatividade, com mais gente pressionando o mercado de trabalho em novembro. Por outro lado não houve a geração expressa de postos de trabalho. Essas pessoas foram reforçar o contingente de desocupados”, resume a técnica do IBGE. No ano, houve a perda de 12 mil postos na construção , de 10 mil nos serviços prestados às empresas e de 7 mil no comércio.

A desaceleração da economia e a inflação corroeram a renda dos trabalhadores. O rendimento médio no conjunto das áreas metropolitanas recuou 1,3% no mês e 8,8% no ano. Recife apareceu no ranking das maiores quedas de renda com a retração de 7,8% entre novembro de 2014 e novembro de 2015. “As maiores quedas de renda foram registradas nas atividades que pagam os melhores salários, o que puxou o rendimento de todos para baixo”, diz Adriana.

 



Veículo: Jornal Diário de Pernambuco


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