Apesar da alta, previsão é de que vendas aumentem 1,25% em relação ao ano passado.
Bebidas e alimentos típicos da ceia de Natal estão com preços indigestos neste ano. Levantamento do Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Ufrgs mostra que, para montar o banquete, o consumidor de Porto Alegre terá de gastar, em média, 23% a mais neste ano do que 2014. O valor é bem superior aos 12,3% de reajuste no Natal anterior em relação a 2013.
Produtos enlatados, frutas cristalizadas e nozes estão com os reajustes mais altos. Também ficaram mais amargos os valores de cervejas, refrigerantes e espumantes. Por outro lado, os panetones e as aves — geralmente a parte mais cara da ceia — estão com preços mais amigáveis.
A boa notícia é que há variedade de produtos nas prateleiras, o que viabiliza a pesquisa. Em duas grandes redes de supermercados visitadas pela reportagem ontem, a fartura de marcas e preços abria um leque de opções para gostos e bolsos. Em uma loja, o valor dos panetones variava de R$ 6,30 a R$ 17,99 — e ainda havia desconto extra a quem comprasse mais de uma unidade.
Em outro estabelecimento, havia 11 marcas de Peru, Chester e Bruster, e o quilo custava de R$ 6,49 a R$ 18,98. Os supermercados também têm apostado nas marcas próprias para este Natal. Compotas, aves e até saquinhos de farofa e frutas frescas traziam os nomes das redes — e, em geral, preços mais convidativos.
— Quero levar a mesma marca de panetone que levei no ano passado, mas vi que há algumas novidades mais em conta — diz a estudante Cíntia Andrade, 25 anos — O negócio é equilibrar preço a qualidade.
Apesar da crise na economia e dos reajustes, os supermercados preveem vendas maiores neste final de ano em relação ao anterior. A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) estima crescimento real (acima da inflação) de 1,25% no período que precede Natal e Ano-Novo. Conforme o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, as famílias vão conter despesas com saídas e passar a noite natalina e a virada em casa, o que vai favorecer a busca por uma ceia caprichada.
— O movimento nos supermercados vai crescer bastante nas últimas 48 horas antes do Natal — diz Longo.
Veículo: Jornal Zero Hora - RS