A Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), responsável pela pesquisa de preços dos 34 itens que compõem a cesta básica na região, divulgou nesta semana a elevação de 1,6% no preço do kit, o que equivale a desembolso adicional de R$ 8,49. Enquanto no levantamento da semana anterior os gastos eram em média de R$ 530,17, nesta passaram a R$ 538,66.
Os principais produtos da mesa do brasileiro foram os responsáveis pela alta. O arroz subiu 1,6% (R$ 10,79 o pacote de cinco quilos), o feijão, 2,04% (R$ 3 o quilo) e a carne bovina de segunda – a pesquisa tem como referência o acém –, 6,86% (R$ 17,30). “Infelizmente, para os casos do arroz e da carne, o preço está relacionado diretamente à questão cambial”, aponta o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pelo levantamento, Fábio Vezzá De Benedetto. Como se tratam de produtos que também são exportados, e o dólar está na casa dos R$ 4, vale mais vender a outros países do que no mercado doméstico, o que faz com que haja menor quantidade disponível nos supermercados, e o preço, consequentemente, aumenta. De Benedetto, no entanto, acredita que a situação deva ser normalizada em breve.
“Já no caso do feijão, desde o início de dezembro, o grão já acumula alta, em média, de R$ 0,50 no quilo”, lembra. Isso ocorreu devido às fortes chuvas. Se for armazenado em local úmido, há perda de produto e redução na oferta. “Somado a esse fator, há hoje grande diferença de preços entre os diversos mercados pesquisados”, destaca o engenheiro agrônomo, ao sugerir que vale a pena o consumidor pesquisar bem antes de comprar.
“Esses produtos não foram os que mais aumentaram, porém, são os que mais impactam no preço da cesta e possuem maior importância na hora da compra”, afirma De Benedetto.
O tomate foi o item que mais encareceu: 11,24%. Devido às chuvas e ao calor, a dificuldade de encontrar frutos de boa aparência é maior. Com menor disponibilidade, eles chegaram às prateleiras de supermercados, em média, por R$ 8 o quilo.
Os preços da batata e da alface, por sua vez, deram alívio na hora da compra, diminuindo 7,61% e 9,96%, respectivamente, e custando R$ 5,10 o quilo e R$ 2,17 a unidade.
PERÍODO - Esta semana não é muito propícia para fazer as despesas do mês. “Nesta época, depois do dia útil, os preços sobem e fica mais difícil encontrar promoções, o que ocorre de se deixar para comprar próximo ao dia 20”, explica.
Dessa forma, comparando supermercados da região, podem-se encontrar produtos com visíveis alterações de preços, como a cebola, com 57,31% de diferença entre os locais pesquisados – o quilo era vendido tanto por R$ 3,49 quanto por R$ 5,49.
Veículo: Jornal Diário do Grande ABC