Renda tem primeira queda em 11 anos

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A taxa de desemprego do Brasil caiu em dezembro com ajuda da sazonalidade, porém a renda média do trabalhador sofreu em 2015 a primeira queda em 11 anos em um mercado de trabalho marcado pela forte deterioração.

A taxa de desemprego calculada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) foi a 6,9% em dezembro último, contra 7,5% em novembro, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar do recuo, o resultado é o mais alto para meses de dezembro desde 2007 (7,4 por cento) e fica bem longe da mínima histórica de 4,3% registrada no último mês de 2014, destacando a deterioração que o mercado de trabalho sofreu ao longo do ano passado em meio a uma economia em recessão e baixa confiança de investidores contaminada por crise política e indefinições fiscais.

Com o resultado, a taxa média de desemprego de 2015 ficou em 6,8%, bem acima dos 4,8% vistos no ano anterior e o nível mais alto desde 2009 (8,1%), como resultado da forte deterioração econômica acompanhada de inflação e juros altos que prejudicaram a geração de vagas e afetaram a renda do trabalhador.

Segundo o IBGE, a renda média da população encerrou 2015 com alta de 1,4% em dezembro sobre novembro, para R$ 2.235,50. Só que sobre o mesmo mês de 2014, houve queda de 5,8% e, em 2015 como um todo, a média anual da renda caiu 3,7% sobre 2014, primeira queda desde 2004.

"A piora do mercado do trabalho foi quase contínua ao longo do ano e o salário vem caindo. Isso é indício de que pelo menos no curto prazo não se deve esperar recuperação mais forte da atividade econômica, porque isso deve ser limitador da recuperação do consumo", disse o economista sênior do, banco de investimento Haitong Flávio Serrano.

Em dezembro, a população desocupada, que são as pessoas à procura de uma posição, caiu 7,6% sobre o mês anterior, mostrando uma tendência sazonal de menor busca por vagas entre o Natal e o ano novo. Por outro lado, aumentou 61,4% na comparação com um ano antes, para 1,733 milhão de pessoas. Já a população ocupada avançou 0,3% na comparação mensal.

 



Veículo: Jornal DCI


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