Segundo dados preliminares divulgados nesta quarta-feira (27) pela consultoria de mercado IDC, os embarques de smartphones obtiveram o melhor ano da história em 2015. Fornecedores globais dos aparelhos enviaram um total de 1,43 bilhão de unidades no ano passado, um aumento de 10,1% em comparação com 2014. Para o quarto trimestre de 2015, a forte demanda das vendas de Natal impulsionou os embarques em 5,7%, para 399,5 milhões de unidades.

Os números divulgados contrastam com os avisos de desaceleração de crescimento emitidos nesta semana por gigantes do mercado como Apple e Samsung. Na terça-feira, a Apple reportou o crescimento mais lento nos iPhones desde seu lançamento em 2007 e advertiu que as vendas do iPhone enfrentarão sua primeira recessão já no trimestre deste ano. Já a Samsung relatou que sua divisão móvel registrou um aumento de 13% no lucro e uma queda de 3% nas vendas. A gigante sul-coreana também prevê que a concorrência e a demanda por seus aparelhos resultarão em um crescimento de apenas um dígito em 2016.

Aproveitando-se do crescimento reduzido das duas maiores fabricantes de smartphones do mundo, a chinesa Huawei registrou crescimento de 37% nas vendas durante o quarto trimestre. "Normalmente a conversa no mercado de smartphones gira em torno de Samsung e Apple, mas a forte presença da Huawei, tanto para o trimestre como para o ano, mostra o quanto ela cresceu como marca internacional", diz Melissa Chau, gerente sênior de pesquisa da IDC.

A chinesa chegou ao terceiro lugar como principal fornecedora de smartphones em 2015. A empresa entregou o maior crescimento trimestral entre os 5 maiores fornecedores (Samsung, Apple, Huawei, Lenovo e Xiaomi), com 100 milhões de unidades vendidas, segundo informa a consultoria. No último trimestre, a Samsung vendeu 85,6 milhões de unidades, enquanto a Apple vendeu 74,8 milhões de aparelhos.

Apesar dos bons resultados de 2015, o futuro do mercado de celulares inteligentes não deve ser tão brilhante. De acordo com a previsão do Gartner, os embarques irão subir apenas 2,6% em 2016. A consultoria estima que as receitas irão retroceder neste ano.

Veículo: Site Canal Tech